Índice
Aqui, descrevo dicas básicas para configurar e gerir sistemas, a maioria a partir da consola.
Existem alguns programas utilitários para ajudar as atividades da consola.
Tabela 9.1. Lista de programas de apoio às atividades da consola
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
mc
|
V:50, I:209 | 1542 | Veja Secção 1.3, “Midnight Commander (MC)” |
bsdutils
|
V:519, I:999 | 356 | script (1) comando para fazer um registo da sessão de
terminal |
screen
|
V:71, I:230 | 1003 | terminal multiplexador com emulação de terminal VT100/ANSI |
tmux
|
V:43, I:146 | 1180 | multiplexador alternativo de terminal (Use "Control-B" em vez disto) |
fzf
|
V:4, I:16 | 3648 | localizador de texto difuso |
fzy
|
V:0, I:0 | 54 | localizador de texto difuso |
rlwrap
|
V:1, I:15 | 330 | funcionalidade de revestimento e histórico da linha de comando |
ledit
|
V:0, I:11 | 331 | funcionalidade de revestimento e histórico da linha de comando |
rlfe
|
V:0, I:0 | 45 | funcionalidade de revestimento e histórico da linha de comando |
ripgrep
|
V:5, I:19 | 5152 | pesquisa rápida e recursiva de cadeias de caracteres na árvore de código-fonte com filtragem automática |
O uso simples de script
(1) (veja Secção 1.4.9, “Gravar as atividades da shell”) para gravar a atividade da
shell produz um ficheiro com caracteres de controle. Isto pode ser evitado
ao usar o col
(1) como o seguinte.
$ script Script started, file is typescript
Faça o que tem a fazer ... e carregue em Ctrl-D
para
terminar o script
.
$ col -bx < typescript > cleanedfile $ vim cleanedfile
Existem métodos alternativos para registar as atividades da shell:
Use tee
(utilizável durante o processo de arranque no
initramfs):
$ sh -i 2>&1 | tee typescript
Use o gnome-terminal
com a memória intermédia de linha
estendida para conseguir rolar para trás.
Utilize o ecrã
com "^A H
" (ver Secção 9.1.2, “O programa screen”) para efetuar a gravação da consola.
Utilize o vim
com ":terminal
" para
entrar no modo de terminal. Use "Ctrl-W N
" para sair do
modo terminal para o modo normal. Utilize ":w
typescript
" para escrever a memória intermédia num ficheiro.
Use o emacs
com "M-x shell
",
"M-x eshell
", ou "M-x term
" para
entrar na consola de gravação. Use"C-x C-w
" para
escrever a memória intermédia para um ficheiro.
O screen
(1) não apenas permite que uma janela terminal
funcione com múltiplos processos, mas também permite que os processos de shell remota sobrevivam a ligações
interrompidas. Aqui está um cenário típico de utilização do
screen
(1).
Faz login numa máquina remota.
Arranca o screen
numa consola única.
Executa múltiplos programas na janela criada do screen
com ^A c
("Ctrl-A" seguido de "c").
Muda entre as múltiplas janelas do screen
com ^A
n
("Ctrl-A" seguido de "n").
Subitamente precisa de abandonar o seu terminal, mas não quer perder o seu trabalho ativo a manter a ligação.
Pode separar a sessão do
screen
por quaisquer métodos.
Desligar a sua ligação de rede à bruta
Escrever ^A d
("Ctrl-A" seguido de "d") e manualmente
terminar a sessão da ligação remota
Escrever ^A DD
("Ctrl-A" seguido de "DD") para separar o
screen
e terminar a sua sessão
Faz login de novo à mesma máquina remota (mesmo a partir de um terminal diferente).
Inicia o screen
como "screen -r
".
O screen
magicamente reagrupa todas as janelas screen
anteriores com todos os programas a funcionar activamente.
![]() |
Dica |
---|---|
Pode poupar despesas de ligação com o |
Numa sessão do screen
, todas as entradas do teclado são
enviadas à sua janela atual excepto as teclas de comandos. Todas as teclas
de comando do screen
são inseridas ao escrever
^A
("Control-A") mais uma única tecla [mais quaisquer
parâmetros]. Aqui estão alguns importantes para fazer lembrar.
Tabela 9.2. Lista de ligações de teclas para o screen
tecla de atalho | significado |
---|---|
^A ? |
mostra um écran de ajuda (mostra as teclas de atalho) |
^A c |
cria uma nova janela e muda para lá |
^A n |
vai à janela seguinte |
^A p |
vai à janela anterior |
^A 0 |
vaia à janela número 0 |
^A 1 |
vai à janela número 1 |
^A w |
mostra uma lista de janelas |
^A a |
envia Ctrl-A à janela atual como entrada do teclado |
^A h |
escreve uma cópia física da janela atual para um ficheiro |
^A H |
inicia/termina o registo da janela atual para um ficheiro |
^A ^X |
bloqueia o terminal (protegido por palavra-passe) |
^A d |
separa a sessão do ecrã do terminal |
^A DD |
separa a sessão do ecrã e termina a sessão |
Veja screen
(1) para detalhes.
Veja tmux
(1) para as funcionalidades do comando
alternativo.
Em Secção 1.4.2, “Personalizar bash”, são descritas 2 dicas para permitir
uma navegação rápida pelos diretórios: $CDPATH
e
mc
.
Se utilizar o programa de filtragem de texto fuzzy, pode fazê-lo sem
escrever o caminho exato. Para o fzf
, inclua o seguinte
em ~/.bashrc
.
FZF_KEYBINDINGS_PATH=/usr/share/doc/fzf/examples/key-bindings.bash if [ -f $FZF_KEYBINDINGS_PATH ]; then . $FZF_KEYBINDINGS_PATH fi
Por exemplo:
Pode saltar para um sub-diretório muito profundo com esforço mínimo.
Primeiro, escreva"cd **
" e prima Tab
.
Em seguida, ser-lhe-ão solicitados os caminhos candidatos. Escrever uma
sequência de caminhos parciais, e.g., s/d/b foo
, irá
reduzir os caminhos candidatos. Você seleciona o caminho a ser utilizado
por cd
com o cursor e as teclas de retorno.
É possível selecionar um comando do histórico de comandos de forma mais
eficiente e com o mínimo de esforço. Prima Ctrl-R
na
linha de comandos. Em seguida, ser-lhe-ão apresentados os comandos
candidatos. Escrever cadeias de comandos parciais, e.g., vim
d
, irá reduzir os candidatos. Seleciona o comando a ser utilizado
com as teclas de cursor e de retorno.
Alguns comandos, como o /usr/bin/dash
, que não tem
capacidade de edição do histórico da linha de comandos, podem adicionar essa
funcionalidade de forma transparente ao serem executados sob o
rlwrap
ou seus equivalentes.
$ rlwrap dash -i
Isto fornece uma plataforma conveniente para testar pontos subtis para
dash
com um ambiente amigável semelhante ao
bash
.
O comando rg
(1) do pacote ripgrep
oferece uma alternativa mais rápida ao comando grep
(1)
para varrer a árvore de código-fonte em situações típicas. Ele tira
vantagem das modernas CPUs multi-core e automaticamente aplica filtros
razoáveis para pular alguns arquivos.
Depois de aprender as noções básicas do vim
(1) através do
Secção 1.4.8, “Utilizando o vim”, por favor leia o livro de Bram Moolenaar
"Seven habits of effective
text editing (2000)" para compreender como o vim
deve ser utilizado.
O comportamento do vim
pode ser alterado
significativamente ativando as suas caraterísticas internas através dos
comandos do modo Ex
tais como "set
...
" para definir as opções do vim.
Estes comandos em modo Ex
podem ser incluídos no ficheiro
vimrc do utilizador, no tradicional "~/.vimrc
" ou no
git-friendly "~/.vim/vimrc
". Aqui está um exemplo muito
simples [2]:
""" Generic baseline Vim and Neovim configuration (~/.vimrc) """ - For NeoVim, use "nvim -u ~/.vimrc [filename]" """"""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" let mapleader = ' ' " :h mapleader """""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" set nocompatible " :h 'cp -- sensible (n)vim mode syntax on " :h :syn-on filetype plugin indent on " :h :filetype-overview set encoding=utf-8 " :h 'enc (default: latin1) -- sensible encoding """ current vim option value can be verified by :set encoding? set backspace=indent,eol,start " :h 'bs (default: nobs) -- sensible BS set statusline=%<%f%m%r%h%w%=%y[U+%04B]%2l/%2L=%P,%2c%V set listchars=eol:¶,tab:⇄\ ,extends:↦,precedes:↤,nbsp:␣ set viminfo=!,'100,<5000,s100,h " :h 'vi -- bigger copy buffer etc. """ Pick "colorscheme" from blue darkblue default delek desert elflord evening """ habamax industry koehler lunaperche morning murphy pablo peachpuff quiet ron """ shine slate torte zellner colorscheme industry """ don't pick "colorscheme" as "default" which may kill SpellUnderline settings set scrolloff=5 " :h 'scr -- show 5 lines around cursor set laststatus=2 " :h 'ls (default 1) k """ boolean options can be unset by prefixing "no" set ignorecase " :h 'ic set smartcase " :h 'scs set autoindent " :h 'ai set smartindent " :h 'si set nowrap " :h 'wrap "set list " :h 'list (default nolist) set noerrorbells " :h 'eb set novisualbell " :h 'vb set t_vb= " :h 't_vb -- termcap visual bell set spell " :h 'spell set spelllang=en_us,cjk " :h 'spl -- english spell, ignore CJK set clipboard=unnamedplus " :h 'cb -- cut/copy/paste with other app set hidden " :h 'hid set autowrite " :h 'aw set timeoutlen=300 " :h 'tm
O mapa de teclas do vim
pode ser alterado no ficheiro
vimrc do utilizador. Por exemplo:
![]() |
Cuidado |
---|---|
Não tente alterar os atalhos de teclas predefinidos sem ter boas razões para o fazer. |
""" Popular mappings (imitating LazyVim etc.) """ Window moves without using CTRL-W which is dangerous in INSERT mode nnoremap <C-H> <C-W>h nnoremap <C-J> <C-W>j nnoremap <C-K> <C-W>k silent! nnoremap <C-L> <C-W>l """ Window resize nnoremap <C-LEFT> <CMD>vertical resize -2<CR> nnoremap <C-DOWN> <CMD>resize -2<CR> nnoremap <C-UP> <CMD>resize +2<CR> nnoremap <C-RIGHT> <CMD>vertical resize +2<CR> """ Clear hlsearch with <ESC> (<C-L> is mapped as above) nnoremap <ESC> <CMD>noh<CR><ESC> inoremap <ESC> <CMD>noh<CR><ESC> """ center after jump next nnoremap n nzz nnoremap N Nzz """ fast "jk" to get out of INSERT mode (<ESC>) inoremap jk <CMD>noh<CR><ESC> """ fast "<ESC><ESC>" to get out of TERM mode (CTRL-\ CTRL-N) tnoremap <ESC><ESC> <C-\><C-N> """ fast "jk" to get out of TERM mode (CTRL-\ CTRL-N) tnoremap jk <C-\><C-N> """ previous/next trouble/quickfix item nnoremap [q <CMD>cprevious<CR> nnoremap ]q <CMD>cnext<CR> """ buffers nnoremap <S-H> <CMD>bprevious<CR> nnoremap <S-L> <CMD>bnext<CR> nnoremap [b <CMD>bprevious<CR> nnoremap ]b <CMD>bnext<CR> """ Add undo break-points inoremap , ,<C-G>u inoremap . .<C-G>u inoremap ; ;<C-G>u """ save file inoremap <C-S> <CMD>w<CR><ESC> xnoremap <C-S> <CMD>w<CR><ESC> nnoremap <C-S> <CMD>w<CR><ESC> snoremap <C-S> <CMD>w<CR><ESC> """ better indenting vnoremap < <gv vnoremap > >gv """ terminal (Somehow under Linux, <C-/> becomes <C-_> in Vim) nnoremap <C-_> <CMD>terminal<CR> "nnoremap <C-/> <CMD>terminal<CR> """""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" if ! has('nvim') """ Toggle paste mode with <SPACE>p for Vim (no need for Nvim) set pastetoggle=<leader>p """ nvim default mappings for Vim. See :h default-mappings in nvim """ copy to EOL (no delete) like D for d noremap Y y$ """ sets a new undo point before deleting inoremap <C-U> <C-G>u<C-U> inoremap <C-W> <C-G>u<C-W> """ <C-L> is re-purposed as above """ execute the previous macro recorded with Q nnoremap Q @@ """ repeat last substitute and *KEEP* flags nnoremap & :&&<CR> """ search visual selected string for visual mode xnoremap * y/\V<C-R>"<CR> xnoremap # y?\V<C-R>"<CR> endif
Para que as combinações de teclas acima funcionem corretamente, o programa
do terminal tem de ser configurado para gerar "ASCII DEL" para a tecla
Backspace
e "Escape sequence" para a tecla
Delete
.
Outras configurações diversas podem ser alteradas no ficheiro vimrc do utilizador. Por exemplo:
""" Use faster 'rg' (ripgrep package) for :grep if executable("rg") set grepprg=rg\ --vimgrep\ --smart-case set grepformat=%f:%l:%c:%m endif """""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" """ Retain last cursor position :h '" augroup RetainLastCursorPosition autocmd! autocmd BufReadPost * \ if line("'\"") > 0 && line ("'\"") <= line("$") | \ exe "normal! g'\"" | \ endif augroup END """""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" """ Force to use underline for spell check results augroup SpellUnderline autocmd! autocmd ColorScheme * highlight SpellBad term=Underline gui=Undercurl autocmd ColorScheme * highlight SpellCap term=Underline gui=Undercurl autocmd ColorScheme * highlight SpellLocal term=Underline gui=Undercurl autocmd ColorScheme * highlight SpellRare term=Underline gui=Undercurl augroup END """""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""" """ highlight tailing spaces except when typing as red (set after colorscheme) highlight TailingWhitespaces ctermbg=red guibg=red """ \s\+ 1 or more whitespace character: <Space> and <Tab> """ \%#\@<! Matches with zero width if the cursor position does NOT match. match TailingWhitespaces /\s\+\%#\@<!$/
Podem ser encontrados pacotes de plug-ins externos interessantes:
Vim - o editor de texto ubíquo -- O site oficial do Vim e dos scripts vim
VimAwsome -- A listagem de plugins Vim
vim-scripts -- Pacote Debian: uma coleção de scripts vim
Os pacotes de plugins no pacote vim-scripts podem ser ativados usando o ficheiro vimrc do utilizador. Por exemplo:
packadd! secure-modelines packadd! winmanager " IDE-like UI for files and buffers with <space>w nnoremap <leader>w :WMToggle<CR>
O novo sistema de pacotes nativo do Vim funciona muito bem com
"git
" e "git submodule
". Um exemplo
de configuração pode ser encontrado no meu repositório git: dot-vim. Isto
faz essencialmente o seguinte:
Ao utilizar "git
" e "git submodule
",
os pacotes externos mais recentes, tais como
"name
", são colocados em
~/.vim/pack/*/opt/name
e similares.
Ao adicionar :packadd! name
ao
ficheiro vimrc do utilizador, estes pacotes são colocados no
runtimepath
.
O Vim carrega estes pacotes no runtimepath
durante a sua
inicialização.
No final da sua inicialização, as etiquetas dos documentos instalados são
atualizadas com "helptags ALL
".
Para mais, por favor inicie o vim
com"vim
--startuptime vimstart.log
" para verificar a sequência de execução
atual e o tempo gasto em cada passo.
É bastante confuso ver demasiadas formas[3] de gerir e carregar estes pacotes externos para o
vim
. Verificar a informação original é a melhor solução.
Tabela 9.3. Informações sobre a inicialização do vim
toques de tecla | informação |
---|---|
:help package |
explicação sobre o mecanismo de pacotes do vim |
:help runtimepath |
explicação sobre o mecanismo de runtimepath |
:version |
estados internos incluindo candidatos para o ficheiro vimrc |
:echo $VIM |
a variável de ambiente "$VIM " utilizada para localizar o
ficheiro vimrc |
:set runtimepath? |
lista de diretórios que serão pesquisados para todos os ficheiros de suporte de tempo de execução |
:echo $VIMRUNTIME |
a variável de ambiente "$VIMRUNTIME " utilizada para
localizar vários ficheiros de suporte de tempo de execução fornecidos pelo
sistema |
Muitos programas tradicionais registam as suas atividades no formato de
ficheiro de texto no diretório "/var/log/
".
logrotate
(8) é utilizado para simplificar a administração
de ficheiros de registo num sistema que gera muitos ficheiros de registo.
Muitos programas novos registam as suas atividades no formato de ficheiro
binário utilizando o serviço de diário
systemd-journald
(8) no diretório
"/var/log/journal
".
É possível registar dados no diário systemd-journald
(8) a
partir de um script shell utilizando o comando
systemd-cat
(1).
Veja Secção 3.4, “A mensagem do sistema” e Secção 3.3, “A mensagem do kernel”.
Aqui estão analisadores de relatórios notáveis
("~Gsecurity::log-analyzer
" no
aptitude
(8)).
Tabela 9.4. Lista de analisadores de log do sistema
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
logwatch
|
V:11, I:13 | 2328 | analisador de log com saída bonita escrito em Perl |
fail2ban
|
V:98, I:111 | 2126 | banir IPs que causam vários erros de autenticação |
analog
|
V:3, I:96 | 3739 | analisador de log do servidor web |
awstats
|
V:6, I:10 | 6928 | analisador de logs de servidor web poderoso e cheio de funcionalidades |
sarg
|
V:1, I:1 | 845 | gerador de relatórios de análises do squid |
pflogsumm
|
V:1, I:4 | 109 | resumidor de entradas do relatório do Postfix |
fwlogwatch
|
V:0, I:0 | 481 | analisador de log da firewall |
squidview
|
V:0, I:0 | 189 | monitoriza e analisa ficheiros access.log do squid |
swatch
|
V:0, I:0 | 99 | visualizador de ficheiros de registo com correspondência de expressões regulares, destaque e hooks |
crm114
|
V:0, I:0 | 1119 | Mutilador de Expressões Regulares Controlável e Filtro de Spam (CRM114) |
icmpinfo
|
V:0, I:0 | 44 | interpretar mensagens ICMP |
![]() |
Nota |
---|---|
CRM114 disponibiliza uma infraestrutura de linguagem para escrever filtros fuzzy com a biblioteca de expressões regulares TRE. O uso popular dela é o filtro de spam de mail, mas pode ser usado como um analisador de registos. |
Apesar de ferramentas paginadoras com o more
(1) e
less
(1) (veja Secção 1.4.5, “O pager”) e ferramentas
personalizadas para destaque e formatação (veja Secção 11.1.8, “Destacar e formatar dados de texto simples”) poderem mostrar
dados de texto muito bem, os editores de objetivos gerais (veja Secção 1.4.6, “O editor de texto”) são mais versáteis e personalizáveis.
![]() |
Dica |
---|---|
Para o |
O formato de apresentação predefinido da hora e da data pelo comando
"ls -l
" depende do configuração
regional (consulte Secção 1.2.6, “Marcas temporais (Timestamps)” para obter o
valor). A variável "$LANG
" é referida em primeiro lugar
e pode ser substituída pelas variáveis de ambiente exportadas
"$LC_TIME
" ou "$LC_ALL
".
O atual formato de apresentação por omissão para cada configuração regional
depende da versão da biblioteca C standard (o pacote
libc6
) utilizada. Isto é, diferentes lançamentos Debian
têm diferentes predefinições. Para formatos iso, veja ISO 8601.
Se deseja realmente personalizar este formato de amostragem da hora e data
para além do locale, deve definir o
valor de estilo de hora com o argumento
"--time-style
" ou com o valor
"$TIME_STYLE
" (veja ls
(1),
date
(1), "info coreutils 'ls
invocation'
").
Tabela 9.5. Mostrar exemplos de hora e data para o comando "ls -l
"
com o valor de estilo de hora
valor do estilo de hora | localização | mostra a hora e data |
---|---|---|
iso |
qualquer | 01-19 00:15 |
long-iso |
qualquer | 2009-01-19 00:15 |
full-iso |
qualquer | 2009-01-19 00:15:16.000000000 +0900 |
locale |
C |
Jan 19 00:15 |
locale |
en_US.UTF-8 |
Jan 19 00:15 |
locale |
es_ES.UTF-8 |
ene 19 00:15 |
+%d.%m.%y %H:%M |
qualquer | 19.01.09 00:15 |
+%d.%b.%y %H:%M |
C ou en_US.UTF-8 |
19.Jan.09 00:15 |
+%d.%b.%y %H:%M |
es_ES.UTF-8 |
19.ene.09 00:15 |
![]() |
Dica |
---|---|
Pode eliminar a digitação de uma opção longa na linha de comando utilizando um alias de comando (ver Secção 1.5.9, “Comando alias”): alias ls='ls --time-style=+%d.%m.%y %H:%M' |
A escrita da shell nos terminais mais modernos pode ser colorida a usar
código de escape de ANSI (veja
"/usr/share/doc/xterm/ctlseqs.txt.gz
").
Por exemplo, tente o seguinte:
$ RED=$(printf "\x1b[31m") $ NORMAL=$(printf "\x1b[0m") $ REVERSE=$(printf "\x1b[7m") $ echo "${RED}RED-TEXT${NORMAL} ${REVERSE}REVERSE-TEXT${NORMAL}"
Comandos coloridos são úteis para inspeccionar os seus resultados no
ambiente interativo. Incluí o seguinte no meu
"~/.bashrc
".
if [ "$TERM" != "dumb" ]; then eval "`dircolors -b`" alias ls='ls --color=always' alias ll='ls --color=always -l' alias la='ls --color=always -A' alias less='less -R' alias ls='ls --color=always' alias grep='grep --color=always' alias egrep='egrep --color=always' alias fgrep='fgrep --color=always' alias zgrep='zgrep --color=always' else alias ll='ls -l' alias la='ls -A' fi
O uso de alias limita os efeitos coloridos da utilização interactiva do
comando. Tem vantagem sobre exportar a variável de ambiente "export
GREP_OPTIONS='--color=auto'
" porque a cor pode ser vista sob
programas paginadores como o less
(1). Se deseja suprimir
a cor quando canaliza (pipe) para outros programas, use antes
"--color=auto
" no exemplo em cima para
"~/.bashrc
".
![]() |
Dica |
---|---|
Pode desligar estes nomes alternativos coloridos no ambiente interativo ao
invocar a shell com " |
Pode recordar as atividades do editor para repetições complexas.
Para o Vim, como a seguir.
"qa
": inicia a gravação de caracteres teclados no registo
nomeado "a
".
... atividades do editor
"q
": termina a gravação de caracteres escritos.
"@a
": executa o conteúdo do registo
"a
".
Para Emacs, como a seguir.
"C-x (
": começa a definir uma macro de teclado.
... atividades do editor
"C-x )
": termina de definir uma macro de teclado.
"C-x e
": executa uma macro de teclado.
Existem algumas maneiras de gravar a imagem gráfica de uma aplicação X, a
incluir um ecrã xterm
.
Tabela 9.6. Lista de ferramentas gráficas de manipulação de imagens
pacote | popcon | tamanho | ecrã | comando |
---|---|---|---|---|
gnome-screenshot
|
V:18, I:173 | 1134 | Wayland | aplicação de captura de ecrã para GNOME |
flameshot
|
V:7, I:15 | 3364 | Wayland | aplicação de captura de ecrã com esteróides |
gimp
|
V:50, I:252 | 19304 | Wayland + X | captura de ecrã no menu GUI |
x11-apps
|
V:31, I:463 | 2460 | X | xwd (1) |
imagemagick
|
I:317 | 74 | X | import (1) |
scrot
|
V:5, I:63 | 131 | X | scrot (1) |
Existem ferramentas especializadas para registar alterações nos ficheiros de configuração com a ajuda do DVCS e para criar instantâneos do sistema no Btrfs.
Tabela 9.7. Lista de pacotes que podem registar o histórico de configuração
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
etckeeper
|
V:26, I:30 | 168 | armazenar ficheiros de configuração e os seus metadados com o Git (predefinição), Mercurial ou GNU Bazaar |
timeshift
|
V:5, I:10 | 3506 | utilitário de restauração do sistema usando rsync ou instantâneos BTRFS |
snapper
|
V:4, I:5 | 2392 | Ferramenta de gestão de instantâneos do sistema de ficheiros Linux |
Também pode pensar em usar scripts locais Secção 10.2.3, “Sugestões de cópia de segurança”.
As atividades de programas podem ser monitorizadas e controladas a usar ferramentas especiais.
Tabela 9.8. Lista de ferramentas para monitorizar e controlar as atividades de programas
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
coreutils
|
V:880, I:999 | 18307 | nice (1): correr um programa com prioridade de agendamento
modificada |
bsdutils
|
V:519, I:999 | 356 | renice (1): modifica a prioridade de agendamento de um
processo em execução |
procps
|
V:766, I:999 | 2389 | "/proc " utilitários de sistema de ficheiros:
ps (1), top (1),
kill (1) , watch (1), … |
psmisc
|
V:420, I:775 | 908 | "/proc " utilitários de sistema de ficheiros:
killall (1), fuser (1),
peekfd (1), pstree (1) |
time
|
V:7, I:132 | 129 | time (1): corre um programa para reportar as utilizações
de recursos do sistema no que respeita a tempo |
sysstat
|
V:148, I:170 | 1904 | sar (1), iostat (1),
mpstat (1), …: ferramentas de performance do sistema para
Linux |
isag
|
V:0, I:3 | 109 | Interactive System Activity Grapher para sysstat |
lsof
|
V:422, I:945 | 482 | lsof (8): lista os ficheiro abertos por um processo em
execução a usar a opção "-p " |
strace
|
V:12, I:119 | 2897 | strace (1): rastreia chamadas e sinais do sistema |
ltrace
|
V:0, I:16 | 330 | ltrace (1): rastreia chamadas de bibliotecas |
xtrace
|
V:0, I:0 | 353 | xtrace (1): rastreia a comunicação entre cliente X11 e
servidor |
powertop
|
V:18, I:217 | 677 | powertop (1): informação sobre a utilização do sistema de
energia |
cron
|
V:872, I:995 | 244 | corre processos de acordo com uma agenda nos bastidores a partir do daemon
cron (8) |
anacron
|
V:396, I:479 | 93 | agenda de comandos tipo cron para sistemas que não funcionam 24 horas por dia |
at
|
V:101, I:154 | 158 | at (1) ou batch (1): executam um
trabalho a uma hora especificada ou abaixo de um certo nível de carga |
![]() |
Dica |
---|---|
Os pacotes |
Mostrar o tempo usado pelo processo invocado pelo comando.
# time some_command >/dev/null real 0m0.035s # time on wall clock (elapsed real time) user 0m0.000s # time in user mode sys 0m0.020s # time in kernel mode
Um valor nice é usado para controlar a prioridade de agendamento para o processo.
Tabela 9.9. Lista de valores nice para a prioridade de agendamento
o valor nice | prioridade de agendamento |
---|---|
19 | processo de prioridade menor (nice) |
0 | processo de prioridade muito alta para o utilizador |
-20 | processo de prioridade muito alta para o root (não-nice) |
# nice -19 top # very nice # nice --20 wodim -v -eject speed=2 dev=0,0 disk.img # very fast
Por vezes um valor nice extremo faz mais danos que benefícios ao sistema. Use este comando com cuidado.
O comando ps
(1) num sistema Debian suporta ambas
funcionalidades do BSD e SystemV e ajuda-o a identificar estaticamente a
atividade do processo.
Tabela 9.10. Lista dos estilos do comando ps
estilo | comando típico | funcionalidade |
---|---|---|
BSD | ps aux |
mostrar %CPU %MEM |
System V | ps -efH |
mostra PPID |
Para o processo filho zombie (defunto), pode matá-lo pelo ID do processo pai
identificado no campo "PPID
".
O comando pstree
(1) mostra uma árvore de processos.
O top
(1) no sistema Debian tem funcionalidades ricas e
ajuda-o a identificar dinamicamente que processo está a actuar de modo
esquisito.
É um programa interativo de ecrã total. Pode obter a ajuda de utilização dele ao pressionar a tecla "h" e terminá-lo ao pressionar a tecla "q".
Pode listar todos os ficheiros abertos por um processo com o ID do processo (PID), ex. 1, com o seguinte.
$ sudo lsof -p 1
PID=1 é geralmente o programa de init
.
Pode rastrear a atividade do programa com o strace
(1),
ltrace
(1), ou xtrace
(1) para chamadas
de sistema e sinais, chamadas de bibliotecas, ou comunicação entre cliente e
servidor do X11.
Pode rastrear as chamadas do sistema do comando ls
como a
seguir.
$ sudo strace ls
![]() |
Dica |
---|---|
Utilize o script strace-graph que se encontra em /usr/share/doc/strace/examples/ para fazer uma boa visualização em árvore |
Também pode identificar processos que usam ficheiros pelo
fuser
(1), ex. para "/var/log/mail.log
"
com o seguinte.
$ sudo fuser -v /var/log/mail.log USER PID ACCESS COMMAND /var/log/mail.log: root 2946 F.... rsyslogd
Vê que o ficheiro "/var/log/mail.log
" está aberto para
escrita pelo comando rsyslogd
(8).
Também pode identificar processos que usam sockets pelo
fuser
(1), ex. para "smtp/tcp
" com o
seguinte.
$ sudo fuser -v smtp/tcp USER PID ACCESS COMMAND smtp/tcp: Debian-exim 3379 F.... exim4
Agora sabe que o seu sistema executa o exim4
(8) para
lidar com as ligações TCP para a porta SMTP (25).
O watch
(1) executa um programa repetidamente num
intervalo constante enquanto mostra os seus resultados em ecrã completo.
$ watch w
Isto mostra quem tem sessão iniciada (logged) no sistema e é atualizado a cada 2 segundos.
Existem várias maneiras de repetir um ciclo de comandos sobre ficheiros que
correspondem a alguma condição, ex. que correspondem ao modelo glob
"*.ext
".
Método for-loop da shell (veja Secção 12.1.4, “Ciclos (loops) da shell”):
for x in *.ext; do if [ -f "$x"]; then command "$x" ; fi; done
combinação do find
(1) e do xargs
(1):
find . -type f -maxdepth 1 -name '*.ext' -print0 | xargs -0 -n 1 command
find
(1) com a opção "-exec
" com um
comando:
find . -type f -maxdepth 1 -name '*.ext' -exec command '{}' \;
find
(1) com a opção "-exec
" com um
script de shell curto:
find . -type f -maxdepth 1 -name '*.ext' -exec sh -c "command '{}' && echo 'successful'" \;
Os exemplos em cima foram escritos para assegurar o lidar apropriado dos
nomes de ficheiros esquisitos como os que contêm espaços. Veja Secção 10.1.5, “Idiomas para a seleção de ficheiros” para utilizações mais
avançadas do find
(1).
Para a interface de linha de comandos
(CLI), é executado o primeiro programa com o nome correspondente
encontrado nos diretórios especificados na variável de ambiente
$PATH
. Veja Secção 1.5.3, “A variável "$PATH
"”.
Para a interface gráfica do
utilizador (GUI) compatível com as normas freedesktop.org, os ficheiros
*.desktop
no diretório
/usr/share/applications/
fornecem os atributos
necessários para a apresentação do menu GUI de cada programa. Cada pacote
que é compatível com o sistema de menu xdg do Freedesktop.org instala os
seus dados de menu fornecidos por "*.desktop" em
"/usr/share/applications/". Os ambientes de trabalho modernos que são
compatíveis com a norma Freedesktop.org utilizam estes dados para gerar o
seu menu utilizando o pacote xdg-utils. Veja
"/usr/share/doc/xdg-utils/README".
Por exemplo, os atributos do ficheiro chromium.desktop
para o "Navegador Web Chromium" tais como "Nome" para o nome do programa,
"Exec" para o caminho de execução do programa e argumentos, "Icon" para o
ícone usado, etc. (veja Desktop
Entry Specification) como a seguir:
[Desktop Entry] Version=1.0 Name=Chromium Web Browser GenericName=Web Browser Comment=Access the Internet Comment[fr]=Explorer le Web Exec=/usr/bin/chromium %U Terminal=false X-MultipleArgs=false Type=Application Icon=chromium Categories=Network;WebBrowser; MimeType=text/html;text/xml;application/xhtml_xml;x-scheme-handler/http;x-scheme-handler/https; StartupWMClass=Chromium StartupNotify=true
Esta é uma descrição muito simplificada. Os ficheiros
*.desktop
são examinados como a seguir:
O ambiente de trabalho define as variáveis de ambiente
$XDG_DATA_HOME
e $XDG_DATA_DIR
. Por
exemplo, sob o GNOME 3:
$XDG_DATA_HOME
é desconfigurada. (É usado o valor
predefinido de $HOME/.local/share
.)
$XDG_DATA_DIRS
é definida para
/usr/share/gnome:/usr/local/share/:/usr/share/
.
Para que os diretórios base (veja Especificação de Diretório Base
XDG) e os diretórios applications
sejam como a
seguir:
$HOME/.local/share/
→
$HOME/.local/share/applications/
/usr/share/gnome/
→
/usr/share/gnome/applications/
/usr/local/share/
→
/usr/local/share/applications/
/usr/share/
→ /usr/share/applications/
Os ficheiros *.desktop
são examinados nestes diretórios
applications
por esta ordem.
![]() |
Dica |
---|---|
Pode ser criada uma entrada personalizada no menu da GUI ao adicionar um
ficheiro |
![]() |
Dica |
---|---|
A linha " |
![]() |
Dica |
---|---|
Se modo semelhante, se um ficheiro |
![]() |
Dica |
---|---|
De modo semelhante, se um ficheiro |
Alguns programas iniciam outros programas automaticamente. Aqui estão alguns pontos de controle para personalizar este processo.
Menu de configuração da aplicação:
Ambiente GNOME3: "Definições" → "Sistema" → "Detalhes" → "Aplicações Predefinidas"
Ambiente KDE: "K" → "Centro de Controle" → "Componentes do KDE" → "selcionar Componente"
Navegador Iceweasel: "Editar" → "Preferências" → "Aplicações"
mc
(1): "/etc/mc/mc.ext
"
Variáveis de ambiente como a "$BROWSER
",
"$EDITOR
", "$VISUAL
", and
"$PAGER
" (see environ
(7))
O sistema update-alternatives
(1) para programas como o
"editor
", "view
",
"x-www-browser
", "gnome-www-browser
" e
"www-browser
" (veja Secção 1.4.7, “Definir um editor de texto predefinido”)
os conteúdos dos ficheiros "~/.mailcap
" e
"/etc/mailcap
" com a associação do tipo MIME com o programa (veja
mailcap
(5))
Os conteúdos dos ficheiros "~/.mime.types
" e
"/etc/mime.types
" que associam a extensão do nome do
ficheiro com o tipo MIME (veja
run-mailcap
(1))
![]() |
Dica |
---|---|
|
![]() |
Dica |
---|---|
O pacote |
![]() |
Dica |
---|---|
De modo a correr uma aplicação de consola como o # cat /usr/local/bin/mutt-term <<EOF #!/bin/sh gnome-terminal -e "mutt \$@" EOF # chmod 755 /usr/local/bin/mutt-term |
Use kill
(1) para matar (ou enviar um sinal para) um
processo pelo ID do processo.
Use killall
(1) ou pkill
(1) para fazer
o mesmo pelo nome do comando do processo ou outro atributo.
Tabela 9.11. Lista dos sinais frequentemente usados para o comando kill
valor do sinal | nome do sinal | acção | nota |
---|---|---|---|
0 | --- | nenhum sinal é enviado (ver kill (2)) |
verificar se o processo está em execução |
1 | SIGHUP | Terminar o processo | terminal desligado (sinal perdido) |
2 | SIGINT | Terminar o processo | interrupção do teclado(CTRL-C ) |
3 | SIGQUIT | terminar o processo e despejar o núcleo | sair a partir do teclado(CTRL-\ ) |
9 | SIGKILL | Terminar o processo | sinal de paragem forçada não bloqueável |
15 | SIGTERM | Terminar o processo | sinal de término bloqueável |
Corra o comando at
(1) para agendar uma tarefa de uma-vez
com o seguinte.
$ echo 'command -args'| at 3:40 monday
Use cron
(8) para agendar tarefas regularmente. Veja
crontab
(1) e crontab
(5).
Pode agendar a execução de processos como um utilizador normal,
ex. foo
ao criar um ficheiro
crontab
(5) como
"/var/spool/cron/crontabs/foo
" com o comando
"crontab -e
".
Aqui está um exemplo de um ficheiro crontab
(5).
# use /usr/bin/sh to run commands, no matter what /etc/passwd says SHELL=/bin/sh # mail any output to paul, no matter whose crontab this is MAILTO=paul # Min Hour DayOfMonth Month DayOfWeek command (Day... are OR'ed) # run at 00:05, every day 5 0 * * * $HOME/bin/daily.job >> $HOME/tmp/out 2>&1 # run at 14:15 on the first of every month -- output mailed to paul 15 14 1 * * $HOME/bin/monthly # run at 22:00 on weekdays(1-5), annoy Joe. % for newline, last % for cc: 0 22 * * 1-5 mail -s "It's 10pm" joe%Joe,%%Where are your kids?%.%% 23 */2 1 2 * echo "run 23 minutes after 0am, 2am, 4am ..., on Feb 1" 5 4 * * sun echo "run at 04:05 every Sunday" # run at 03:40 on the first Monday of each month 40 3 1-7 * * [ "$(date +%a)" == "Mon" ] && command -args
![]() |
Dica |
---|---|
Para o sistema que não corre continuamente, instale o pacote
|
![]() |
Dica |
---|---|
Para scripts agendados de manutenção do sistema, pode executá-los
periodicamente a partir da conta root ao pôr tais scripts em
" |
O Systemd tem capacidade de baixo nível para
agendar programas para correr sem o daemon cron
. Por
exemplo, /lib/systemd/system/apt-daily.timer
e
/lib/systemd/system/apt-daily.service
configuram
actividades diárias de download do apt. Veja
systemd.timer
(5) .
O Systemd pode agendar programas não só em eventos temporais, mas também em eventos de montagem. Veja Secção 10.2.3.3, “Cópia de segurança acionada por um evento de temporizador” e Secção 10.2.3.2, “Cópia de segurança acionada por evento de montagem” para exemplos.
Premir Alt-SysRq (PrtScr) seguido de uma tecla faz a magia de recuperar o controlo do sistema.
Tabela 9.12. Lista de teclas de comando SAK notáveis
tecla que segue a Alt-SysRq | descrição da acção |
---|---|
k |
kill (mata) todos os processos na consola virtual atual (SAK) |
s |
sincroniza todos os sistemas de ficheiros montados para evitar corrupção de dados |
u |
remontar todos os sistemas de ficheiros montados em modo de apenas-leitura (umount) |
r |
restaura o teclado a partir do modo raw após colapso do X |
Veja mais em Guia do utilizador e do administrador do kernel Linux » Linux Magic System Request Key Hacks
![]() |
Dica |
---|---|
A partir de um terminal SSH etc., pode usar a funcionalidade Alt-SysRq ao
escrever para o " |
O kernel Linux Debian amd64 atual (2021) tem
/proc/sys/kernel/sysrq=438=0b110110110
:
2 = 0x2 - permite o controlo do nível de registo da consola (ON)
4 = 0x4 - ativar o controlo do teclado (SAK, unraw) (ON)
8 = 0x8 - ativar depuração de processos, etc. (OFF)
16 = 0x10 - ativar comando de sincronização (ON)
32 = 0x20 - ativar remontagem só de leitura (ON)
64 = 0x40 - ativa a sinalização de processos (term, kill, oom-kill) (OFF)
128 = 0x80 - permitir o reinício/desligar(ON)
256 = 0x100 - permite iniciar todas as tarefas RT (ON)
Pode verificar quem está no sistema com o seguinte.
who
(1) mostra quem tem sessão iniciada.
w
(1) mostra quem tem sessão iniciada e o que estão a
fazer.
last
(1) mostra a listagem do último utilizador a iniciar
sessão.
lastb
(1 )mostra a listagem dos últimos utilizadores a
falharem o inicio de sessão.
![]() |
Dica |
---|---|
" |
Pode mandar uma mensagem para todos os que têm sessão iniciada no sistema
com wall
(1) com o seguinte.
$ echo "We are shutting down in 1 hour" | wall
Para os aparelhos tipo PCI (AGP, PCI-Express,
CardBus, ExpressCard, etc.), o
lspci
(8) (provavelmente com a opção
"-nn
") é um bom inicio para a identificação do hardware.
Alternativamente, pode identificar o hardware ao ler os conteúdos de
"/proc/bus/pci/devices
" ou explorar a árvore de
diretórios sob "/sys/bus/pci
" (veja Secção 1.2.12, “procfs e sysfs”).
Tabela 9.13. Lista de ferramenta de identificação de hardware
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
pciutils
|
V:249, I:991 | 213 | Utilitários PCI do Linux: lspci (8) |
usbutils
|
V:68, I:869 | 325 | Utilitários USB do Linux: lsusb (8) |
nvme-cli
|
V:15, I:22 | 1642 | Utilitários NVMe para Linux: nvme (1) |
pcmciautils
|
V:6, I:10 | 91 | Utilitários PCMCIA par Linux: pccardctl (8) |
scsitools
|
V:0, I:2 | 346 | colecção de ferramentas para gestão de hardware SCSI:
lsscsi (8) |
procinfo
|
V:0, I:9 | 132 | informação do sistema obtida de "/proc ":
lsdev (8) |
lshw
|
V:13, I:89 | 919 | informação acerca da configuração do hardware: lshw (1) |
discover
|
V:40, I:958 | 98 | sistema de identificação de hardware: discover (8) |
Apesar da maioria da configuração de hardware nos sistemas de ambiente de trabalho GUI modernos como o GNOME e KDE poder ser gerida através de acompanhamento por ferramentas de configuração com GUI, é uma boa ideia conhecer alguns métodos básicos de o configurar.
Tabela 9.14. Lista de ferramentas de configuração do hardware
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
console-setup
|
V:88, I:967 | 428 | tipo de letra da consola Linux e utilitários da tabela de teclas |
x11-xserver-utils
|
V:302, I:528 | 568 | Utilitários do servidor X: xset (1),
xmodmap (1) |
acpid
|
V:84, I:148 | 158 | daemon para gerir eventos entregues pelo Advanced Configuration and Power Interface (ACPI) |
acpi
|
V:9, I:136 | 47 | utilitário para mostrar informação em aparelhos ACPI |
sleepd
|
V:0, I:0 | 86 | daemon para pôr um portátil em modo de adormecimento durante a inatividade |
hdparm
|
V:178, I:335 | 256 | optimização do acesso ao disco rígido (veja Secção 9.6.9, “Optimização do disco rígido”) |
smartmontools
|
V:207, I:250 | 2358 | controlar e monitorizar sistemas de armazenamento a usar S.M.A.R.T. |
setserial
|
V:4, I:6 | 103 | colecção de ferramentas para gestão de portas série |
memtest86+
|
V:1, I:21 | 12711 | colecção de ferramentas para gestão de hardware de memória |
scsitools
|
V:0, I:2 | 346 | colecção de ferramentas para gestão de hardware SCSI |
setcd
|
V:0, I:0 | 37 | optimização de acesso a drives de discos compactos |
big-cursor
|
I:0 | 26 | cursores de rato maiores para o X |
Aqui, o ACPI é uma estrutura mais recente para o sistema de gestão de energia que o APM.
![]() |
Dica |
---|---|
O escalar de frequências da CPU em sistemas modernos é governado por módulos
do kernel como o |
O seguinte define a hora do sistema e hardware para MM/DD hh:mm, AAAA.
# date MMDDhhmmCCYY # hwclock --utc --systohc # hwclock --show
A horas são mostradas normalmente na hora local no sistema Debian mas o hardware e a hora do sistema geralmente usam UTC(GMT).
Se a hora do hardware estiver definida para UTC, mude a definição para
"UTC=yes
" em "/etc/default/rcS
".
O seguinte reconfigura a zona horária usada pelo sistema Debian.
# dpkg-reconfigure tzdata
Se desejar atualizar a hora do sistema através da rede, considere usar o
serviço NTP como pacotes como os
ntp
, ntpdate
e
chrony
.
![]() |
Dica |
---|---|
Sob systemd, use
|
Veja o seguinte.
O pacote ntp-doc
![]() |
Dica |
---|---|
O |
Existem vários componentes para configurar a consola de caracteres e as
funcionalidades do sistema ncurses
(3).
O ficheiro "/etc/terminfo/*/*
"
(terminfo
(5))
A variável de ambiente "$TERM
"
(term
(7))
setterm
(1), stty
(1),
tic
(1) e toe
(1)
Se a entrada terminfo
para o xterm
não
funcionar com um xterm
não Debian, mude o seu tipo e
terminal, "$TERM
", de "xterm
" para uma
das versões de funcionalidades limitadas como o
"xterm-r6
" quando iniciar sessão num sistema Debian
remotamente. Veja "/usr/share/doc/libncurses5/FAQ
" para
mais. O "dumb
" é o denominador comum mais baixo para
"$TERM
".
As drivers para placas de som para o Linux atual são disponibilizadas pelo Advanced Linux Sound Architecture (ALSA). ALSA disponibiliza um modo de emulação para o anterior Open Sound System (OSS) para compatibilidade.
Os softwares aplicativos podem ser configurados não apenas para acessar dispositivos de som diretamente, mas também para acessá-los através de algum sistema de servidor de som padronizado. Atualmente, PulseAudio, JACK, e PipeWire são usados como sistemas de servidores de som. Veja a página wiki do Debian sobre Som para a situação mais recente.
Existe normalmente um motor de som comum para cada ambiente de trabalho popular. Cada motor de som usado pela aplicação pode escolher ligar a diferentes servidores de som.
![]() |
Dica |
---|---|
Use " |
![]() |
Dica |
---|---|
Se não conseguir obter som, os seus altifalantes podem estar ligados a uma
saída silenciada (mute). Os sistemas de som modernos têm muitas saídas. O
|
Tabela 9.15. Lista de pacotes de som
Para desativar o protector de ecrã, utilize os seguintes comandos.
Tabela 9.16. Lista de comandos para desativar o protector de ecrã
ambiente | comando |
---|---|
A consola do Linux | setterm -powersave off |
O X Window (desativar o protector de ecrã) | xset s off |
O X Window (desativar o dpms) | xset -dpms |
O X Window (GUI de configuração do protector de ecrã) | xscreensaver-command -prefs |
Pode-se sempre desligar o altifalante do PC para desativar os
apitos. Remover o módulo de kernel pcspkr
faz isso por
si.
O seguinte previne o programa readline
(3) usado pelo
bash
(1) de apitar quando encontra um caractere de alerta
(ASCII=7).
$ echo "set bell-style none">> ~/.inputrc
Existem 2 recursos disponíveis para obter o estado da utilização de memória.
A mensagem de arranque do kernel em "/var/log/dmesg
"
contém o tamanho total exacto da memória disponível.
free
(1) e top
(1) mostram informação
sobre os recursos de memória no sistema em execução.
Aqui está um exemplo.
# grep '\] Memory' /var/log/dmesg [ 0.004000] Memory: 990528k/1016784k available (1975k kernel code, 25868k reserved, 931k data, 296k init) $ free -k total used free shared buffers cached Mem: 997184 976928 20256 0 129592 171932 -/+ buffers/cache: 675404 321780 Swap: 4545576 4 4545572
Pode estar a pensar "o dmesg fala-me em 990 MB livres e o free -k diz 320 MB livres. Faltam mais de 600 MB ...".
Não se preocupe com o grande tamanho de "used
" e o
pequeno tamanho de "free
" na linha
"Mem:
", mas leia a que está sob elas (675404 e 321780 no
exemplo em cima) e relaxe.
Para o meu MacBook com 1GB=1048576k de DRAM (o sistema de vídeo rouba alguma), vejo o seguinte.
Tabela 9.17. Lista dos tamanhos de memória reportados
relatório | tamanho |
---|---|
Tamanho total no dmesg | 1016784k = 1GB - 31792k |
Livre no dmesg | 990528k |
Total sob a shell | 997184k |
Livre sob a shell | 20256k (mas efectivamente 321780k) |
Uma manutenção pobre do sistema pode expor o seu sistema à exploração externa.
Para segurança do sistema e verificação de integridade, deve começar com o seguinte.
O pacote debsums
, veja debsums
(1) e
Secção 2.5.2, “Ficheiro "Release" de nível de topo e autenticidade:”.
O pacote chkrootkit
, veja
chkrootkit
(1).
A família de pacotes clamav
, veja
clamscan
(1) e freshclam
(1).
Tabela 9.18. Lista de ferramentas para segurança do sistema e verificação de integridade
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
logcheck
|
V:6, I:7 | 110 | daemon para enviar as anomalias nos ficheiros de log do sistema ao administrador por mail |
debsums
|
V:5, I:35 | 98 | utilitário para verificar os pacotes instalados contra chaves de verificação MD5 |
chkrootkit
|
V:8, I:17 | 925 | detector de rootkit |
clamav
|
V:9, I:45 | 27455 | utilitário de anti-vírus para Unix - interface de linha de comandos |
tiger
|
V:1, I:2 | 7800 | relatar vulnerabilidades de segurança do sistema |
tripwire
|
V:1, I:2 | 5016 | verificador de integridade de ficheiros e diretórios |
john
|
V:1, I:9 | 471 | ferramenta activa de crack de palavras-passe |
aide
|
V:1, I:1 | 293 | Ambiente de Detecção de Intrusão Avançado - binário estático |
integrit
|
V:0, I:0 | 2659 | programa de verificação de integridade de ficheiros |
crack
|
V:0, I:1 | 149 | programa de adivinhação de palavra-passe |
Aqui está um script simples para verificar as típicas permissões de ficheiros escritas incorrectamente.
# find / -perm 777 -a \! -type s -a \! -type l -a \! \( -type d -a -perm 1777 \)
![]() |
Cuidado |
---|---|
Como o pacote |
Arrancar o seu sistema com live CDs de Linux ou CDs de instalação de debian em modo de recuperação torna fácil para si reconfigurar o armazenamento de dados no seu aparelho de arranque.
Poderá ser necessário desmontar
(8) alguns dispositivos
manualmente a partir da linha de comandos antes de os operar, caso sejam
montados automaticamente pelo sistema de ambiente de trabalho GUI.
A utilização do espaço em disco pode ser avaliada por programas
disponibilizados pelos pacotes mount
,
coreutils
e xdu
:
mount
(8) reporta todos os sistemas de ficheiros montados
(= discos).
df
(1) reporta a utilização do espaço em disco para o
sistema de ficheiros.
du
(1) reporta a utilização do espaço em disco para a
árvore do diretório.
![]() |
Dica |
---|---|
Pode alimentar a saída de |
Para configuração de partições de
disco, apesar do fdisk
(8) ser considerado o
standard, o parted
(8) merece alguma atenção. "Dados de
particionamento do disco", "Tabela de partições", "Mapa de partições" e
"Etiqueta do disco" são todos sinónimos.
PCs antigos usam o esquema clássico do Master Boot Record (MBR) para manter os dados de partições do disco no primeiro sector, isto é, LBA sector 0 (512 bytes).
PCs novos com Unified Extensible Firmware Interface (UEFI), incluindo os Macs baseados em Intel, usam o esquema GUID Partition Table (GPT) para manter os dados de partições do disco não no primeiro sector.
Apesar do fdisk
(8) ter sido o standard como ferramenta de
particionamento de disco, o parted
(8) está a
substituí-lo.
Tabela 9.19. Lista de pacotes de gestão de partições do disco
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
util-linux
|
V:881, I:999 | 5283 | vários utilitários de sistema incluindo fdisk (8) e
cfdisk (8) |
parted
|
V:417, I:568 | 122 | GNU Parted programa de redimensionamento de partições do disco |
gparted
|
V:15, I:102 | 2175 | Editor de partições do GNOME baseado na libparted |
gdisk
|
V:338, I:511 | 885 | editor de partições para o disco híbrido GPT/MBR |
kpartx
|
V:22, I:33 | 77 | programa para criar mapeamentos de aparelho para partições |
![]() |
Cuidado |
---|---|
Apesar do |
![]() |
Nota |
---|---|
De modo a mudar entre GPT e MBR, precisa de apagar os primeiros blocos de conteúdo
do disco directamente (veja Secção 9.8.6, “Limpar conteúdo de ficheiro”) e
usar " |
Apesar da reconfiguração da sua partição ou ordem de ativação de medias de armazenamento amovíveis poder apresentar nomes diferentes para as partições, pode aceder-lhes de modo consistente. Isto é também útil se tem múltiplos discos e a sua BIOS/UEFI não lhes fornecer nomes de dispositivo consistentes.
mount
(8) com a opção "-U
" pode montar
um aparelho de bloco a usar o UUID, em vez de
usar o nome de ficheiro dele tal como "/dev/sda3
".
"/etc/fstab
" (veja fstab
(5)) pode usar
UUID.
Os gestores de arranque (Secção 3.1.2, “Estágio 2: o gestor de arranque”) também podem usar UUID.
![]() |
Dica |
---|---|
Pode testar o UUID de um aparelho especial de
bloco com Também pode sondar o UUID e outras informações com " |
LVM2 é um gestor de volumes lógicos para o kernel Linux. Com o LVM2, podem ser criadas partições de disco em volumes lógicos em vez de discos rijos físicos.
O LVM requer o seguinte.
suporte a device-mapper no kernel Linux (predefinido para os kernels Debian)
a biblioteca de suporte a device-mapper no espaço de utilizador (pacote
(libdevmapper*
)
as ferramentas LVM2 do espaço de utilizador (pacote lvm2
)
Por favor comece a aprender LVM2 a partir dos seguintes manuais.
lvm
(8): Bases do mecanismo LVM2 (lista de todos os
comandos LVM2)
lvm.conf
(5): Ficheiro de configuração para LVM2
lvs
(8): Reporta informação acerca de volumes lógicos
vgs
(8): Reporta informação acerca de grupos de volumes
pvs
(8): Reporta informação acerca de volumes físicos
Para o sistema de ficheiro ext4, o pacote
e2fsprogs
disponibiliza o seguinte.
mkfs.ext4
(8) para criar um novo sistema de ficheiros
ext4
fsck.ext4
(8) para verificar e reparar um sistema de
ficheiros ext4 existente
tune2fs
(8) para configurar o super-bloco do sistema de
ficheiros ext4
debugfs
(8) para depurar um sistema de ficheiros ext4 interativamente. (Era o comando
undel
para recuperar ficheiros apagados.)
Os comandos mkfs
(8) e fsck
(8) são
disponibilizados pelo pacote e2fsprogs
como frontends
para vários programas dependentes do sistema de ficheiros
(mkfs.fstype
e fsck.fstype
). Para o
sistema de ficheiros ext4 existem os
mkfs.ext4
(8) e o fsck.ext4
(8) (estão
ligados simbolicamente ao mke2fs
(8) and
e2fsck
(8)).
Estão disponíveis comandos semelhantes para cada sistema de ficheiros suportado pelo Linux.
Tabela 9.20. Lista de pacotes de gestão de sistemas de ficheiros
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
e2fsprogs
|
V:767, I:999 | 1499 | utilitários para os sistemas de ficheiros ext2/ext3/ext4 |
btrfs-progs
|
V:44, I:72 | 5078 | utilitários para o sistema de ficheiros btrfs |
reiserfsprogs
|
V:12, I:25 | 473 | utilitários para o sistema de ficheiros Reiserfs |
zfsutils-linux
|
V:29, I:30 | 1762 | utilitários para o sistema de ficheiros OpenZFS |
dosfstools
|
V:196, I:541 | 315 | utilitários para o sistema de ficheiros FAT. (Microsoft: MS-DOS, Windows) |
exfatprogs
|
V:29, I:371 | 301 | para o sistema de ficheiros exFAT mantido pela Samsung. |
exfat-fuse
|
V:5, I:120 | 73 | controlador de leitura/gravação de sistema de arquivos exFAT (Microsoft) para FUSE. |
exfat-utils
|
V:4, I:106 | 231 | utilitários para o sistema de ficheiros exFAT mantidos pelo autor do exfat-fuse. |
xfsprogs
|
V:21, I:95 | 3476 | utilitários para o sistema de ficheiros XFS. (SGI: IRIX) |
ntfs-3g
|
V:197, I:513 | 1474 | controlador de leitura/gravação do sistema de arquivos NTFS (Microsoft: Windows NT, ...) para FUSE. |
jfsutils
|
V:0, I:8 | 1577 | utilitários para o sistema de ficheiros JFS. (IBM: AIX, OS/2) |
reiser4progs
|
V:0, I:2 | 1367 | utilitários para o sistema de ficheiros Reiser4 |
hfsprogs
|
V:0, I:4 | 394 | utilitários para os sistemas de ficheiros HFS e HFS Plus. (Apple: Mac OS) |
zerofree
|
V:5, I:131 | 25 | programa para zerar blocos livres de sistemas de ficheiros ext2/3/4 |
![]() |
Dica |
---|---|
O sistema de ficheiros Ext4 é o sistema de ficheiros predefinido para o sistema Linux e a utilização é fortemente recomendada a menos que tenha razões especificas para não o fazer. O estado do Btrfs pode ser encontrado em Debian wiki on btrfs e kernel.org wiki on btrfs. Espera-se que seja o próximo sistema de ficheiros padrão depois do sistema de ficheiros ext4. Algumas ferramentas permitem acesso a sistemas de ficheiros sem suporte do kernel do Linux (veja Secção 9.8.2, “Manipular ficheiros sem montar o disco”). |
O comando mkfs
(8) cria o sistema de ficheiros num sistema
Linux. O comando fsck
(8) disponibiliza a verificação de
integridade e reparação do sistema de ficheiros num sistema Linux.
Debian agora, por predefinição, não faz fsck
periódicos
após a criação do sistema de ficheiros.
![]() |
Cuidado |
---|---|
Geralmente não é seguro correr o |
![]() |
Dica |
---|---|
Pode executar o comando Verifique os ficheiros em " |
A configuração estática básica dos sistemas de ficheiros é dada por
"/etc/fstab
". Por exemplo,
«file system» «mount point» «type» «options» «dump» «pass» proc /proc proc defaults 0 0 UUID=709cbe4c-80c1-56db-8ab1-dbce3146d2f7 / ext4 errors=remount-ro 0 1 UUID=817bae6b-45d2-5aca-4d2a-1267ab46ac23 none swap sw 0 0 /dev/scd0 /media/cdrom0 udf,iso9660 user,noauto 0 0
![]() |
Dica |
---|---|
O UUID (veja Secção 9.6.3, “Aceder a partição a usar UUID”) pode ser utilizado para
identificar um aparelho de bloco em vez de nomes vulgares de aparelhos de
bloco, tal como " |
Desde o Linux 2.6.30, o kernel adota por defeito o comportamento fornecido
pela opção "relatime
".
Veja fstab
(5) e mount
(8).
As características de um sistema de ficheiros podem ser optimizadas via o
super-bloco dele a usar o comando tune2fs
(8).
A execução de "sudo tune2fs -l /dev/hda1
" mostra o
conteúdo do super-bloco do sistema de ficheiros em
"/dev/hda1
".
A execução de "sudo tune2fs -c 50 /dev/hda1
" muda a
frequência das verificações do sistema de ficheiros (execução do
fsck
durante o arranque) para cada 50 arranques em
"/dev/hda1
".
A execução de "sudo tune2fs -j /dev/hda1
" adiciona
capacidade de journal ao sistema de ficheiros, isto é, conversão de ext2 para ext3 em
"/dev/hda1
". (Faça isto no sistema de ficheiros
desmontado.)
A execução de "sudo tune2fs -O extents,uninit_bg,dir_index
/dev/hda1 && fsck -pf /dev/hda1
" converte-o de ext3 para ext4 em
"/dev/hda1
". (Faça isto no sistema de ficheiros
desmontado.)
![]() |
Atenção |
---|---|
Por favor verifique o seu hardware e leia o manual do
|
Pode testar a velocidade de acesso ao disco de um disco rígido,
p.e. "/dev/hda
", por "hdparm -tT
/dev/hda
". Para algum disco rígido ligado com (E)IDE, pode
acelerá-lo com "hdparm -q -c3 -d1 -u1 -m16 /dev/hda
" ao
ativar o suporte a "(E)IDE 32-bit I/O", a ativar a flag "using_dma", a
definir a flag "interrupt-unmask" e a definir o "multiple 16 sector I/O"
(perigoso!).
Pode testar a funcionalidade de cache de escrita de um disco rígido, por
exemplo "/dev/sda
", com "hdparm -W
/dev/sda
". Pode desativar a funcionalidade de cache de escrita
dele com "hdparm -W 0 /dev/sda
".
Pode ser capaz de ler CDROMs muito pressionados em drives de CDROM modernas
de alta velocidade ao abrandá-la com "setcd -x 2
".
A unidade de estado sólido (SSD) é agora automaticamente detetada.
Reduza os acessos desnecessários ao disco para evitar o desgaste do disco,
montando "tmpfs
" no caminho de dados volátil em
/etc/fstab
.
Pode monitorizar e registar em log o seu disco rígido que é compatível com
SMART com o daemon
smartd
(8).
Instalar o pacote smartmontools
.
Identificar os seus discos rígidos ao listá-los com
df
(1).
Vamos assumir uma drive de disco rígido a ser monitorizada como
"/dev/hda
".
Verifique o resultado de "smartctl -a /dev/hda
" para ver
se a funcionalidade SMART está atualmente
ligada.
Se não, active-o com "smartctl -s on -a /dev/hda
".
Active o daemon smartd
(8) ao correr o seguinte.
retire a marca de comentário na linha "start_smartd=yes
"
no ficheiro "/etc/default/smartmontools
".
reiniciar o daemon smartd
(8) com "sudo systemctl
restart smartmontools
".
![]() |
Dica |
---|---|
O daemon |
As aplicações criam ficheiros temporários normalmente sob o diretório de
armazenamento temporário "/tmp
". Se
"/tmp
" não disponibilizar espaço suficiente, pode
especificar um diretório de espaço temporário, a programas bem-comportados,
através da variável $TMPDIR
.
Para partições criadas em Logical Volume Manager (LVM) (funcionalidade do Linux) durante a instalação, elas podem ser redimensionadas facilmente ao concatenar extensões nelas ou ao truncar extensões delas sobre múltiplos aparelhos de armazenamento sem grandes reconfigurações do sistema.
Se tiver uma partição vazia (ex. "/dev/sdx
"), pode
formatá-la com mkfs.ext4
(1) e mount
(8)
para um diretório onde precise de mais espaço. (necessita copiar os
conteúdos originais.)
$ sudo mv work-dir old-dir $ sudo mkfs.ext4 /dev/sdx $ sudo mount -t ext4 /dev/sdx work-dir $ sudo cp -a old-dir/* work-dir $ sudo rm -rf old-dir
![]() |
Dica |
---|---|
Pode em alternativa montar um ficheiro de imagem de disco vazio (veja Secção 9.7.5, “Criar um ficheiro de imagem de disco vazio”) como um aparelho de loop (veja Secção 9.7.3, “Montar o ficheiro de imagem de disco”). A utilização real do disco cresce com os dados reais armazenados. |
Se tiver um diretório vazio
(p.e. "/caminho/para/diretório-vazio
") com espaço
utilizável noutra partição, pode fazer mount(8) ao mesmo com a opção
"--bind
para um diretório (p.e.,
"diretório-de-trabalho
") onde necessite de mais espaço.
$ sudo mount --bind /path/to/emp-dir work-dir
Se tem espaço utilizável noutra partição
(ex. "/path/to/empty
") e
"/path/to/work
"), pode criar um diretório nela e
empilhá-lo no diretório antigo (ex, "/path/to/old
") onde
precisa de espaço a usar o OverlayFS para
Linux kernel 3.18 ou mais recente (Debian Stretch 9.0 ou posterior).
$ sudo mount -t overlay overlay \ -olowerdir=/path/to/old-dir,upperdir=/path/to/empty,workdir=/path/to/work
Aqui, "/path/to/empty
" e
"/path/to/work
" devem estar na partição com
Escrita-Leitura activa a escrever em "/path/to/old
".
![]() |
Cuidado |
---|---|
Este é um método descontinuado. Alguns programas podem não funcionar bem com uma "ligação simbólica a um diretório". Em vez disso, use as opções de "montagem" descritas em cima. |
Se tem um diretório vazio
(ex. "/caminho/para/diretório-vazio
") noutra partição com
espaço utilizável, pode criar uma ligação simbólica ao diretório com o
ln
(8).
$ sudo mv work-dir old-dir $ sudo mkdir -p /path/to/emp-dir $ sudo ln -sf /path/to/emp-dir work-dir $ sudo cp -a old-dir/* work-dir $ sudo rm -rf old-dir
![]() |
Atenção |
---|---|
Não utilize uma "ligação simbólica para um diretório" para diretórios
geridos pelo sistema, tais como o " |
Aqui discutimos manipulações da imagem do disco.
O ficheiro de imagem de disco, "disco.img
", de um
aparelho não montado, ex., a segunda drive SCSI ou serial ATA
"/dev/sdb
", pode ser feito a usar o
cp
(1) ou o dd
(1) com o seguinte.
# cp /dev/sdb disk.img # dd if=/dev/sdb of=disk.img
O master boot record (MBR) da
imagem de disco dos PC's tradicionais (veja Secção 9.6.2, “Configuração das partições do disco”) que reside no primeiro sector no
disco IDE primário pode ser feito a usar o dd
(1) com o
seguinte.
# dd if=/dev/hda of=mbr.img bs=512 count=1 # dd if=/dev/hda of=mbr-nopart.img bs=446 count=1 # dd if=/dev/hda of=mbr-part.img skip=446 bs=1 count=66
"mbr.img
": O MBR com a tabela de partições
"mbr-nopart.img
": O MBR sem a tabela de partições
"mbr-part.img
": A tabela de partições apenas do MBR
Se tem um aparelho SCSI ou serial ATA como disco de arranque, substitua
"/dev/hda
" por "/dev/sda
".
Se está a criar uma imagem de uma partição de disco do disco original,
substitua "/dev/hda
" por "/dev/hda1
"
etc.
O ficheiro de imagem de disco "disk.img
" pode ser escrito
para um aparelho desmontado, ex. a segunda drive SCSI
"/dev/sdb
" como tamanho correspondente, com o seguinte.
# dd if=disk.img of=/dev/sdb
Se modo semelhante, o ficheiro de imagem de partição de disco,
"partition.img
" pode ser escrito para uma partição
desmontada, ex., a primeira partição do segundo disco SCSI
"/dev/sdb1
" com tamanho correspondente, com o seguinte.
# dd if=partition.img of=/dev/sdb1
A imagem de disco "partition.img
" que contém uma partição
única pode ser montada e desmontada ao usar o aparelho loop como a seguir.
# losetup --show -f partition.img /dev/loop0 # mkdir -p /mnt/loop0 # mount -t auto /dev/loop0 /mnt/loop0 ...hack...hack...hack # umount /dev/loop0 # losetup -d /dev/loop0
Isto pode ser simplificado como a seguir.
# mkdir -p /mnt/loop0 # mount -t auto -o loop partition.img /mnt/loop0 ...hack...hack...hack # umount partition.img
Cada partição da imagem de disco "disk.img
" que contém
múltiplas partições pode ser montada a usar o aparelho loop.
# losetup --show -f -P disk.img /dev/loop0 # ls -l /dev/loop0* brw-rw---- 1 root disk 7, 0 Apr 2 22:51 /dev/loop0 brw-rw---- 1 root disk 259, 12 Apr 2 22:51 /dev/loop0p1 brw-rw---- 1 root disk 259, 13 Apr 2 22:51 /dev/loop0p14 brw-rw---- 1 root disk 259, 14 Apr 2 22:51 /dev/loop0p15 # fdisk -l /dev/loop0 Disk /dev/loop0: 2 GiB, 2147483648 bytes, 4194304 sectors Units: sectors of 1 * 512 = 512 bytes Sector size (logical/physical): 512 bytes / 512 bytes I/O size (minimum/optimal): 512 bytes / 512 bytes Disklabel type: gpt Disk identifier: 6A1D9E28-C48C-2144-91F7-968B3CBC9BD1 Device Start End Sectors Size Type /dev/loop0p1 262144 4192255 3930112 1.9G Linux root (x86-64) /dev/loop0p14 2048 8191 6144 3M BIOS boot /dev/loop0p15 8192 262143 253952 124M EFI System Partition table entries are not in disk order. # mkdir -p /mnt/loop0p1 # mkdir -p /mnt/loop0p15 # mount -t auto /dev/loop0p1 /mnt/loop0p1 # mount -t auto /dev/loop0p15 /mnt/loop0p15 # mount |grep loop /dev/loop0p1 on /mnt/loop0p1 type ext4 (rw,relatime) /dev/loop0p15 on /mnt/loop0p15 type vfat (rw,relatime,fmask=0002,dmask=0002,allow_utime=0020,codepage=437,iocharset=ascii,shortname=mixed,utf8,errors=remount-ro) ...hack...hack...hack # umount /dev/loop0p1 # umount /dev/loop0p15 # losetup -d /dev/loop0
Alternativamente, podem-se fazer efeitos semelhantes ao usar os aparelhos
device mapper criados pelo
kpartx
(8) do pacote kpartx
como a
seguir.
# kpartx -a -v disk.img add map loop0p1 (253:0): 0 3930112 linear 7:0 262144 add map loop0p14 (253:1): 0 6144 linear 7:0 2048 add map loop0p15 (253:2): 0 253952 linear 7:0 8192 # fdisk -l /dev/loop0 Disk /dev/loop0: 2 GiB, 2147483648 bytes, 4194304 sectors Units: sectors of 1 * 512 = 512 bytes Sector size (logical/physical): 512 bytes / 512 bytes I/O size (minimum/optimal): 512 bytes / 512 bytes Disklabel type: gpt Disk identifier: 6A1D9E28-C48C-2144-91F7-968B3CBC9BD1 Device Start End Sectors Size Type /dev/loop0p1 262144 4192255 3930112 1.9G Linux root (x86-64) /dev/loop0p14 2048 8191 6144 3M BIOS boot /dev/loop0p15 8192 262143 253952 124M EFI System Partition table entries are not in disk order. # ls -l /dev/mapper/ total 0 crw------- 1 root root 10, 236 Apr 2 22:45 control lrwxrwxrwx 1 root root 7 Apr 2 23:19 loop0p1 -> ../dm-0 lrwxrwxrwx 1 root root 7 Apr 2 23:19 loop0p14 -> ../dm-1 lrwxrwxrwx 1 root root 7 Apr 2 23:19 loop0p15 -> ../dm-2 # mkdir -p /mnt/loop0p1 # mkdir -p /mnt/loop0p15 # mount -t auto /dev/mapper/loop0p1 /mnt/loop0p1 # mount -t auto /dev/mapper/loop0p15 /mnt/loop0p15 # mount |grep loop /dev/loop0p1 on /mnt/loop0p1 type ext4 (rw,relatime) /dev/loop0p15 on /mnt/loop0p15 type vfat (rw,relatime,fmask=0002,dmask=0002,allow_utime=0020,codepage=437,iocharset=ascii,shortname=mixed,utf8,errors=remount-ro) ...hack...hack...hack # umount /dev/mapper/loop0p1 # umount /dev/mapper/loop0p15 # kpartx -d disk.img
Um ficheiro de imagem de disco, "disk.img
" pode ser limpo
de todos os ficheiros removidos numa imagem limpa
"new.img
" com o seguinte.
# mkdir old; mkdir new # mount -t auto -o loop disk.img old # dd bs=1 count=0 if=/dev/zero of=new.img seek=5G # mount -t auto -o loop new.img new # cd old # cp -a --sparse=always ./ ../new/ # cd .. # umount new.img # umount disk.img
Se o "disk.img
" está em ext2, ext3 ou ext4, você também
pode usar o zerofree
(8) do pacote
zerofree
como a seguir.
# losetup --show -f disk.img /dev/loop0 # zerofree /dev/loop0 # cp --sparse=always disk.img new.img # losetup -d /dev/loop0
A imagem de disco vazia "disk.img
" que pode crescer até
aos 5GiB pode ser feita a usar o dd
(1) como a seguir.
$ dd bs=1 count=0 if=/dev/zero of=disk.img seek=5G
Em vez de utilizar dd
(1), pode ser utilizado aqui o
fallocate
especializado (8).
Pode criar um sistema de ficheiros ext4 nesta imagem de disco
"disk.img
" a usar o aparelho
loop como a seguir.
# losetup --show -f disk.img /dev/loop0 # mkfs.ext4 /dev/loop0 ...hack...hack...hack # losetup -d /dev/loop0 $ du --apparent-size -h disk.img 5.0G disk.img $ du -h disk.img 83M disk.img
Para "disk.img
", o tamanho de ficheiro dele é 5.0 Gb e a
utilização real do disco dele é apenas 83 Mb. Esta discrepância é possível
porque o ext4 pode manter o ficheiro sparse.
![]() |
Dica |
---|---|
A utilização de disco real do ficheiro sparse cresce com os dados que são escritos nele. |
A usar uma operação semelhante em aparelhos criados pelo aparelho loop ou o mapeador de aparelhos como Secção 9.7.3, “Montar o ficheiro de imagem de disco”, pode particionar esta imagem de
disco "disk.img
" a usar o parted
(8) ou
o fdisk
(8) e pode criar um sistema de ficheiros nela a
usar mkfs.ext4
(8), mkswap
(8), etc.
O ficheiro de imagem ISO9660,
"cd.iso
", a partir da árvore de diretórios fonte em
"source_diretory
" pode ser feito a usar o
genisoimage
(1) disponibilizado pelo cdrkit com o seguinte.
# genisoimage -r -J -T -V volume_id -o cd.iso source_directory
De modo semelhante, o ficheiro de imagem ISO9660 de arranque,
"cdboot.iso
", pode ser feito a partir do
instalador-debian
como árvore de diretórios em
"source_diretory
" com o seguinte.
# genisoimage -r -o cdboot.iso -V volume_id \ -b isolinux/isolinux.bin -c isolinux/boot.cat \ -no-emul-boot -boot-load-size 4 -boot-info-table source_directory
Aqui é usado para arranque o boot loader Isolinux (veja Secção 3.1.2, “Estágio 2: o gestor de arranque”).
Pode calcular o valor md5sum e fazer a imagem ISO9660 directamente a partir do aparelho CD-ROM como a seguir.
$ isoinfo -d -i /dev/cdrom CD-ROM is in ISO 9660 format ... Logical block size is: 2048 Volume size is: 23150592 ... # dd if=/dev/cdrom bs=2048 count=23150592 conv=notrunc,noerror | md5sum # dd if=/dev/cdrom bs=2048 count=23150592 conv=notrunc,noerror > cd.iso
![]() |
Atenção |
---|---|
Tem de ter o cuidado de evitar o bug de leitura antecipada do sistema de ficheiros ISO9660 do Linux como em cima para obter o resultado correcto. |
![]() |
Dica |
---|---|
Um DVD é apenas um CD grande para o |
Pode procurar um aparelho utilizável com o seguinte.
# wodim --devices
Então o CD-R vazio é inserido na drive de CD e o ficheiro de imagem ISO9660,
"cd.iso
" é escrito neste aparelho,
ex. "/dev/hda
", a usar o wodim
(1) com
o seguinte.
# wodim -v -eject dev=/dev/hda cd.iso
Se for usado um CD-RW em vez de um CD-R, faça antes o seguinte.
# wodim -v -eject blank=fast dev=/dev/hda cd.iso
![]() |
Dica |
---|---|
Se o seu ambiente montar CDs automaticamente, desmonte-o com " |
Se "cd.iso
" conter uma imagem ISO9660, então o seguinte
monta-o manualmente em "/cdrom
".
# mount -t iso9660 -o ro,loop cd.iso /cdrom
![]() |
Dica |
---|---|
Os sistemas de ambiente de trabalho modernos podem montar medias amovíveis, tais como um CD formatado em ISO9660, automaticamente (veja Secção 10.1.7, “Aparelho de armazenamento amovível”). |
Aqui, discutimos manipulação directa de dados binários em meios de armazenamento.
o método de visualização mais básico de dados binários é usar o comando
"od -t x1
".
Tabela 9.21. Lista de pacote para ver e editar dados binários
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
coreutils
|
V:880, I:999 | 18307 | pacote básico que tem od (1) para despejar ficheiros (HEX,
ASCII, OCTAL, …) |
bsdmainutils
|
V:11, I:315 | 17 | pacote utilitário que tem hd (1) para despejar ficheiros
(HEX, ASCII, OCTAL, …) |
hexedit
|
V:0, I:9 | 73 | editor binário e visualizador (HEX, ASCII) |
bless
|
V:0, I:2 | 924 | editor hexadecimal cheiro de funcionalidades (GNOME) |
okteta
|
V:1, I:12 | 1585 | editor hexadecimal cheiro de funcionalidades (KDE4) |
ncurses-hexedit
|
V:0, I:1 | 130 | editor binário e visualizador (HEX, ASCII, EBCDIC) |
beav
|
V:0, I:0 | 137 | editor binário e visualizador (HEX, ASCII, EBCDIC, OCTAL, …) |
![]() |
Dica |
---|---|
HEX é usado como um acrónimo para o formato hexadecimal com radix 16. OCTAL é para formato octal com radix 8. ASCII é para American Standard Code for Information Interchange, isto é, código de texto Inglês normal. EBCDIC é para Extended Binary Coded Decimal Interchange Code usado em sistemas operativos com infraestrutura da IBM. |
Existem ferramentas para ler e escrever ficheiros sem montar o disco.
Os sistemas RAID por software oferecidos pelo kernel Linux oferecem redundância de dados ao nível do sistema de ficheiros do kernel, para se conseguir altos níveis de fiabilidade de armazenamento.
Também existem ferramentas para adicionar redundância a ficheiros ao nível de programa aplicação, para se conseguir altos níveis de fiabilidade de armazenamento.
Tabela 9.23. Lista de ferramentas para adicionar redundância de dados a ficheiros
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
par2
|
V:9, I:94 | 268 | Parity Archive Volume Set, para verificação e reparação de ficheiros |
dvdisaster
|
V:0, I:1 | 1422 | protecção de dados contra percas/riscos/envelhecimento para medias CD/DVD |
dvbackup
|
V:0, I:0 | 413 | ferramenta de backup que usa câmaras de filmar MiniDV (a disponibilizar
rsbep (1)) |
Existem ferramentas para recuperação de ficheiros e dados e análise forense.
Tabela 9.24. Lista de pacotes para recuperação de ficheiros e dados e análise forense
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
testdisk
|
V:2, I:28 | 1413 | utilitários para sondagem de partições e recuperação de discos |
magicrescue
|
V:0, I:2 | 255 | utilitário para recuperar ficheiros ao procurar por bytes mágicos |
scalpel
|
V:0, I:3 | 89 | frugal, entalhador de ficheiros de alta performance |
myrescue
|
V:0, I:2 | 83 | recuperar dados de discos rígidos danificados |
extundelete
|
V:0, I:8 | 147 | utilitários para recuperar ficheiros apagados no sistema de ficheiros ext3/4 |
ext4magic
|
V:0, I:4 | 233 | utilitários para recuperar ficheiros apagados no sistema de ficheiros ext3/4 |
ext3grep
|
V:0, I:2 | 293 | ferramenta para ajudar a recuperar ficheiros apagados no sistema de ficheiros ext3 |
scrounge-ntfs
|
V:0, I:2 | 50 | programa de recuperação de dados para sistemas de ficheiros NTFS |
gzrt
|
V:0, I:0 | 33 | conjunto de ferramentas de recuperação gzip |
sleuthkit
|
V:3, I:24 | 1671 | ferramentas para análise forense. (Sleuthkit) |
autopsy
|
V:0, I:1 | 1026 | interface gráfica para o SleuthKit |
foremost
|
V:0, I:5 | 102 | aplicação forense para recuperar dados |
guymager
|
V:0, I:0 | 1021 | ferramenta de imagem forense baseada em Qt |
dcfldd
|
V:0, I:3 | 114 | versão melhorada do dd para forenses e segurança |
![]() |
Dica |
---|---|
Pode recuperar ficheiros apagados no sistema de ficheiros ext2 a usar os
comandos |
Quando os dados são muito grandes para fazer backup num ficheiro único, pode fazer backup ao conteúdo dele após dividi-lo em fatias de, por exemplo, 2000Mb e mais tarde fundir essas fatias de volta para o ficheiro original.
$ split -b 2000m large_file $ cat x* >large_file
![]() |
Cuidado |
---|---|
Por favor certifique-se que não tem nenhuns ficheiros que começam com
" |
De modo a limpar o conteúdo de um ficheiro como um ficheiro log, não use o
rm
(1) para apagar o ficheiro e depois crie um ficheiro
vazio, porque o ficheiro pode ainda estar a ser acedido no intervalo entre
comandos. O seguinte é o modo seguro de limpar o conteúdo do ficheiro.
$ :>file_to_be_cleared
Os seguintes comandos criam ficheiros dummy ou vazios.
$ dd if=/dev/zero of=5kb.file bs=1k count=5 $ dd if=/dev/urandom of=7mb.file bs=1M count=7 $ touch zero.file $ : > alwayszero.file
Deve encontrar os seguintes ficheiros.
"5kb.file
" é 5KB de zeros.
"7mb.file
" são 7MB de dados aleatórios.
"zero.file
" pode ser um ficheiro de 0 bytes. Se existir,
o mtime
dele é atualizado enquanto o conteúdo e tamanho
dele são mantidos.
"alwayszero.file
" é sempre um ficheiro de 0 bytes. Se
existir, o mtime
dele é atualizado e o conteúdo dele é
reposto.
Existem várias maneiras de apagar completamente os dados de um aparelho
inteiro tipo disco rígido, ex., pen de memória USB em
"/dev/sda
".
![]() |
Cuidado |
---|---|
Primeiro verifique a localização da sua pen de memória USB com o
|
Apagar todo o conteúdo do disco ao repor os dados a 0 com o seguinte.
# dd if=/dev/zero of=/dev/sda
Apagar tudo ao sobrescrever com dados aleatórios como a seguir.
# dd if=/dev/urandom of=/dev/sda
Apagar tudo muito eficientemente ao sobrescrever com dados aleatórios como a seguir.
# shred -v -n 1 /dev/sda
Em alternativa, pode utilizar badblocks
(8) com a opção
-t random
.
Como o dd
(1) está disponível a partir da shell de muitos
CDs de arranque de Linux como o CD de instalação de Debian, pode apagar
completamente o seu sistema instalado no disco rígido, por exemplo,
"/dev/hda
", "/dev/sda
", etc., ao
correr um comando de limpeza a partir de tal media de arranque.
A área não utilizada de um disco rígido (ou duma pen USB ), por exemplo
"/dev/sdb1
" pode ainda conter os próprios dados apagados
pois eles são apenas 'desligados' do sistema de ficheiros. Estes podem ser
limpos ao sobrescrever a área onde estão.
# mount -t auto /dev/sdb1 /mnt/foo # cd /mnt/foo # dd if=/dev/zero of=junk dd: writing to `junk': No space left on device ... # sync # umount /dev/sdb1
![]() |
Atenção |
---|---|
Normalmente isto é suficientemente bom para a sua pen de memória USB. Mas não é perfeito. A maioria das partes dos nomes de ficheiros apagados e os atributos deles podem ficar escondidos e permanecerem no sistema de ficheiros. |
Mesmo que tenha acidentalmente apagado um ficheiro, desde que esse ficheiro esteja ainda a ser usado por alguma aplicação (em modo de leitura ou escrita), é possível recuperar tal ficheiro.
Por exemplo, tente o seguinte:
$ echo foo > bar $ less bar $ ps aux | grep ' less[ ]' bozo 4775 0.0 0.0 92200 884 pts/8 S+ 00:18 0:00 less bar $ rm bar $ ls -l /proc/4775/fd | grep bar lr-x------ 1 bozo bozo 64 2008-05-09 00:19 4 -> /home/bozo/bar (deleted) $ cat /proc/4775/fd/4 >bar $ ls -l -rw-r--r-- 1 bozo bozo 4 2008-05-09 00:25 bar $ cat bar foo
Execute em outro terminal (quando tem o pacote lsof
instalado) o seguinte.
$ ls -li bar 2228329 -rw-r--r-- 1 bozo bozo 4 2008-05-11 11:02 bar $ lsof |grep bar|grep less less 4775 bozo 4r REG 8,3 4 2228329 /home/bozo/bar $ rm bar $ lsof |grep bar|grep less less 4775 bozo 4r REG 8,3 4 2228329 /home/bozo/bar (deleted) $ cat /proc/4775/fd/4 >bar $ ls -li bar 2228302 -rw-r--r-- 1 bozo bozo 4 2008-05-11 11:05 bar $ cat bar foo
Os ficheiros com ligações rígidas podem ser identificados com "ls
-li
".
$ ls -li total 0 2738405 -rw-r--r-- 1 root root 0 2008-09-15 20:21 bar 2738404 -rw-r--r-- 2 root root 0 2008-09-15 20:21 baz 2738404 -rw-r--r-- 2 root root 0 2008-09-15 20:21 foo
Ambos "baz
" e "foo
" têm contagens de
ligações de "2" (>1) a mostrar que têm ligaçõesrígidas. Os números de
inode deles são comuns "2738404". Isto
significa que são o mesmo ficheiro em ligação rígida. Se não encontrar
todos os ficheiros em ligação rígida por acaso, pode procurá-los pelo inode, ex., "2738404" com o seguinte.
# find /path/to/mount/point -xdev -inum 2738404
Com acesso físico ao seu PC, qualquer um pode facilmente ganhar privilégios de root e aceder a todos os ficheiros no seu PC (veja Secção 4.6.4, “Tornar a palavra-passe do root segura”). Isto significa que o sistema de palavra passe no login não pode proteger os seus dados privados e sensíveis contra um possível roubo do seu PC. Tem que implementar uma tecnologia de encriptação de dados para o fazer. Apesar do GNU privacy guard (veja Secção 10.3, “Infraestrutura da segurança de dados”) poder encriptar ficheiro,consome alguns esforços do utilizador.
Dm-crypt facilitam a encriptação de dados automática nativamente através de módulos do kernel Linux com o mínimo de esforço do utilizador utilizando device-mapper.
Tabela 9.25. Lista de utilitários de encriptação de dados
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
cryptsetup
|
V:19, I:79 | 417 | utilitários para aparelhos de bloco encriptados (dm-crypt / LUKS) |
cryptmount
|
V:2, I:3 | 231 | utilitários para aparelhos de bloco encriptados (dm-crypt / LUKS) com focagem na montagem/desmontagem por utilizadores normais |
fscrypt
|
V:0, I:1 | 5520 | utilitários para a encriptação do sistema de ficheiros Linux (fscrypt) |
libpam-fscrypt
|
V:0, I:0 | 5519 | Módulo PAM para encriptação do sistema de ficheiros Linux(fscrypt) |
![]() |
Cuidado |
---|---|
A encriptação de dados custa tempo de CPU, etc. Os dados encriptados ficam inacessíveis se a palavra-passe for perdida. Pondere as suas vantagens e custos. |
![]() |
Nota |
---|---|
O sistema Debian inteiro pode ser instalado num disco encriptado pelo instalador debian (lenny ou mais recente) a usar dm-crypt/LUKS e initramfs. |
![]() |
Dica |
---|---|
Veja Secção 10.3, “Infraestrutura da segurança de dados” para utilitário de encriptação do espaço de utilizador: GNU Privacy Guard. |
Pode encriptar o conteúdo de aparelhos de massa amovíveis, por exemplo, uma
pen USB em "/dev/sdx
", a usar dm-crypt/LUKS. Simplesmente formate-a como a seguir.
# fdisk /dev/sdx ... "n" "p" "1" "return" "return" "w" # cryptsetup luksFormat /dev/sdx1 ... # cryptsetup open /dev/sdx1 secret ... # ls -l /dev/mapper/ total 0 crw-rw---- 1 root root 10, 60 2021-10-04 18:44 control lrwxrwxrwx 1 root root 7 2021-10-04 23:55 secret -> ../dm-0 # mkfs.vfat /dev/mapper/secret ... # cryptsetup close secret
Depois, pode ser montado normalmente em
"/media/username/disk_label
", exceto
para pedir a password (veja Secção 10.1.7, “Aparelho de armazenamento amovível”) no
ambiente de trabalho moderno utilizando o pacote
udisks2
. A diferença é que todos os dados escritos nele
são encriptados. A introdução da palavra-passe pode ser automatizada
utilizando um porta-chaves (ver Secção 10.3.6, “Gestor de palavras-passe”).
Pode, em alternativa, formatar os media num sistema de ficheiros diferente,
por exemplo, ext4 com "mkfs.ext4 /dev/mapper/sdx1
". Se
em vez disso for utilizado o btrfs, o pacote
udisks2-btrfs
precisa de ser instalado. Para estes
sistemas de ficheiros, a propriedade do ficheiro e as permissões podem ter
de ser configuradas.
Por exemplo, uma partição de disco criada com dm-crypt/LUKS em
"/dev/sdc5
" pelo instalador Debian pode ser montada em
/mnt
" como a seguir:
$ sudo cryptsetup open /dev/sdc5 ninja --type luks Enter passphrase for /dev/sdc5: **** $ sudo lvm lvm> lvscan inactive '/dev/ninja-vg/root' [13.52 GiB] inherit inactive '/dev/ninja-vg/swap_1' [640.00 MiB] inherit ACTIVE '/dev/goofy/root' [180.00 GiB] inherit ACTIVE '/dev/goofy/swap' [9.70 GiB] inherit lvm> lvchange -a y /dev/ninja-vg/root lvm> exit Exiting. $ sudo mount /dev/ninja-vg/root /mnt
Debian distribui o kernel Linux organizado em módulos como pacotes para as arquitecturas suportadas.
Se está a ler esta documentação, provavelmente não precisa de compilar o kernel Linux por si próprio.
Muitas funcionalidades do Linux são configuráveis via parâmetros de kernel como a seguir.
Parâmetros de kernel iniciados pelo gestor de arranque (veja Secção 3.1.2, “Estágio 2: o gestor de arranque”)
Parâmetros de kernel alterados pelo sysctl
(8) durante a
execução para os acessíveis via sysfs (veja Secção 1.2.12, “procfs e sysfs”)
Parâmetros de módulos definidos por argumentos do
modprobe
(8) quando um módulo é activado (veja Secção 9.7.3, “Montar o ficheiro de imagem de disco”)
Ver "Guia do utilizador e do administrador do kernel Linux » Os parâmetros da linha de comandos do kernel" para mais detalhes.
A maioria dos programas normais não
precisa dos cabeçalhos do kernel e na verdade podem bloquear se os usar
directamente para compilação. Eles devem ser compilados contra os cabeçalhos
em "/usr/include/linux
" e
"/usr/include/asm
" disponibilizado pelo pacote
libc6-dev
(criado a partir do pacote fonte
glibc
) no sistema Debian.
![]() |
Nota |
---|---|
Para compilar alguns programas específicos do kernel, tais como os módulos
do kernel a partir da fonte externa e o daemon automounter
( |
O Debian tem método próprio dele para compilar o kernel e os módulos relacionados.
Tabela 9.26. Lista de pacotes chave a serem instalados para a recompilação do kernel no sistema Debian
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
build-essential
|
I:480 | 17 | pacotes essenciais para construir pacotes Debian: make ,
gcc , … |
bzip2
|
V:166, I:970 | 112 | utilitários de compressão e descompressão para ficheiros bz2 |
libncurses5-dev
|
I:71 | 6 | bibliotecas de programadores e documentos para ncurses |
git
|
V:351, I:549 | 46734 | git: sistema de controle de versão distribuído usado pelo kernel Linux |
fakeroot
|
V:29, I:486 | 224 | disponibiliza um ambiente de falso-root para construção de pacotes como não-root |
initramfs-tools
|
V:430, I:989 | 113 | ferramenta para construir uma initramfs (específico de Debian) |
dkms
|
V:74, I:162 | 196 | suporte de módulos de kernel dinâmicos (DKMS) (genérico) |
module-assistant
|
V:0, I:19 | 406 | ferramenta auxiliar para fazer pacotes de módulos (específico para Debian) |
devscripts
|
V:6, I:40 | 2658 | scripts de ajuda para um responsável de pacote Debian (específico de Debian) |
Se usa initrd
em Secção 3.1.2, “Estágio 2: o gestor de arranque”, certifique-se de ler a informação
relacionada em initramfs-tools
(8),
update-initramfs
(8), mkinitramfs
(8) e
initramfs.conf
(5).
![]() |
Atenção |
---|---|
Não ponha ligações simbólicas aos diretórios na árvore fonte
(ex. " |
![]() |
Nota |
---|---|
Quando compilar o kernel Linux mais recente no sistema Debian
O suporte dinâmico a módulos do kernel (DKMS) é uma nova infraestrutura independente da distribuição desenhada para permitir que módulos de kernel individuais sejam atualizados sem se alterar todo o kernel. Isto é usado para a manutenção de módulos de fora-da-árvore. Isto também facilita a reconstrução de módulos quando se atualiza os kernels. |
Para compilar pacotes binários de kernels personalizados a partir do
código-fonte original, deve utilizar o alvo disponibilizado por
"deb-pkg
".
$ sudo apt-get build-dep linux $ cd /usr/src $ wget https://mirrors.edge.kernel.org/pub/linux/kernel/v6.x/linux-version.tar.xz $ tar --xz -xvf linux-version.tar.xz $ cd linux-version $ cp /boot/config-version .config $ make menuconfig ... $ make deb-pkg
![]() |
Dica |
---|---|
O pacote linux-source-version disponibiliza o
código-fonte do kernel Linux com os patches Debian como
" |
Para construir pacotes binários específicos a partir do pacote de
código-fonte do kernel Debian, deve utilizar os alvos
"binary-arch_architecture_featureset_flavour
"em
"debian/rules.gen
".
$ sudo apt-get build-dep linux $ apt-get source linux $ cd linux-3.* $ fakeroot make -f debian/rules.gen binary-arch_i386_none_686
Veja mais informação:
Wiki Debian: KernelFAQ
Wiki Debian: DebianKernel
Manual Debian do Kernel Linux: https://kernel-handbook.debian.net
O driver de hardware é o código que corre nos CPUs principais do sistema
alvo. A maioria dos drivers de hardware estão agora disponíveis como
software livre e estão incluídos nos pacotes normais do kernel Debian na
área main
.
O firmware é o código ou os dados carregados no dispositivo ligado ao sistema de destino (por exemplo, micro-código da CPU, código de renderização executado na GPU, ou dados FPGA / CPLD, ...). Alguns pacotes de firmware estão disponíveis como software livre, mas muitos pacotes de firmware não estão disponíveis como software livre, uma vez que contêm dados binários sem fonte. A instalação destes dados de firmware é essencial para que o dispositivo funcione como esperado.
Os pacotes de dados do firmware que contêm dados carregados na memória volátil do dispositivo de destino.
firmware-linux-free (main
)
firmware-linux-nonfree (non-free-firmware
)
firmware-linux-* (non-free-firmware
)
*-firmware (non-free-firmware
)
intel-microcode (non-free-firmware
)
amd64-microcode (non-free-firmware
)
Os pacotes de programas de atualização do firmware que actualizam os dados na memória não volátil do dispositivo alvo.
fwupd (principal
): Daemon de
atualização de firmware que descarrega dados de firmware do Linux Vendor Firmware Service.
gnome-firmware (main
): Interface GTK para o fwupd
plasma-discover-backend-fwupd (main
): Interface Qt para
fwupd
Por favor note que o acesso aos pacotes non-free-firmware
são disponibilizados pelo meio de instalação oficial para oferecer uma
experiência de instalação funcional ao utilizador desde Debian 12 Bookworm.
A área non-free-firmware
é descrita em Secção 2.1.5, “Básico do arquivos Debian”.
Tenha também em atenção que os dados de firmware descarregados pelo fwupd a partir do Linux Vendor Firmware Service e
carregados para o kernel Linux em execução podem não ser
livres
.
O uso de sistema virtualizado permite-nos correr várias instâncias do sistema simultâneamente num único hardware.
![]() |
Dica |
---|---|
Existem várias plataformas de ferramentas de virtualização e emulação.
Pacotes completos de emulação de hardware, como os instalados pelo meta-pacote games-emulator
Principalmente emulação de nível de CPU com algumas emulações de dispositivos de E/S, como o QEMU
Principalmente virtualização no nível da CPU com algumas emulações de dispositivos de E/S, como a Máquina Virtual baseada em Kernel (KVM)
Virtualização de contentores ao nível do SO com suporte ao nível do kernel,
como LXC (Linux Containers),
Docker, systemd-nspawn
(1),
...
Virtualização do acesso ao sistema de ficheiros ao nível do SO com a substituição da chamada da biblioteca do sistema no caminho do ficheiro, como o chroot
Virtualização do acesso ao sistema de ficheiros ao nível do SO com a substituição da chamada da biblioteca do sistema sobre a propriedade do ficheiro, como o fakeroot
Emulação da API do SO, como o Wine
Virtualização ao nível do interpretador com a sua seleção de executáveis e substituições de bibliotecas em tempo de execução, tais como virtualenv e venv para Python
A virtualização de contentores utiliza Secção 4.7.5, “Caraterísticas de segurança do Linux” e é a tecnologia por trás de Secção 7.7, “Sandbox”.
Aqui estão alguns pacotes para o ajudar a configurar o sistema virtualizado.
Tabela 9.27. Lista de ferramentas de virtualização
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
coreutils
|
V:880, I:999 | 18307 | Utilitários do núcleo GNU que contêm chroot (8) |
systemd-container
|
V:53, I:61 | 1330 | ferramentas de contentor/nspawn do systemd que contêm
systemd-nspawn (1) |
schroot
|
V:5, I:7 | 2579 | ferramenta especializada para executar pacotes binários Debian em chroot |
sbuild
|
V:1, I:3 | 243 | ferramenta para construir pacotes binários Debian a partir de fontes Debian |
debootstrap
|
V:5, I:54 | 314 | bootstrap um sistema Debian básico (escrito em sh) |
cdebootstrap
|
V:0, I:1 | 115 | bootstrap um sistema Debian (escrito em C) |
cloud-image-utils
|
V:1, I:17 | 66 | utilitários de gestão de imagens na nuvem |
cloud-guest-utils
|
V:3, I:13 | 71 | utilitários para hóspedes na nuvem |
virt-manager
|
V:11, I:44 | 2296 | Virtual Machine Manager: aplicação de ambiente de trabalho para gerir máquinas virtuais |
libvirt-clients
|
V:46, I:65 | 1241 | programas para a biblioteca libvirt |
incus
|
V:0, I:0 | 56209 | Incus: contentor de sistema e gestor de máquinas virtuais (para Debian 13 "Trixie") |
lxd
|
V:0, I:0 | 52119 | LXD: contentor de sistema e gestor de máquinas virtuais (para Debian 12 "Bookworm") |
podman
|
V:14, I:16 | 41948 | podman: motor para executar contentores baseados em OCI em Pods |
podman-docker
|
V:0, I:0 | 249 | motor para executar contentores baseados em OCI em Pods - revestimento para docker |
docker.io
|
V:41, I:43 | 150003 | docker: tempo de execução do contentor Linux |
games-emulator
|
I:0 | 21 | emulador de jogos: Emuladores Debian para jogos |
bochs
|
V:0, I:0 | 6956 | Bochs: emulador PC IA-32 |
qemu
|
I:14 | 97 | QEMU: emulador de processador genérico rápido |
qemu-system
|
I:22 | 66 | QEMU: binários de emulação de sistema completo |
qemu-user
|
V:1, I:6 | 93760 | QEMU: binários de emulação em modo de utilizador |
qemu-utils
|
V:12, I:106 | 10635 | QEMU: utilitários |
qemu-system-x86
|
V:33, I:91 | 58140 | KVM: virtualização completa em hardware x86 com virtualização assistida por hardware |
virtualbox
|
V:6, I:8 | 130868 | VirtualBox: solução de virtualização x86 em i386 e amd64 |
gnome-boxes
|
V:1, I:7 | 6691 | Boxes: Aplicativo GNOME simples para acessar sistemas virtuais |
xen-tools
|
V:0, I:2 | 719 | ferramentas para gerir o servidor virtual XEN do debian |
wine
|
V:13, I:60 | 132 | Wine: Windows API Implementation (suite standard) |
dosbox
|
V:1, I:15 | 2696 | DOSBox: emulador x86 com gráficos Tandy/Herc/CGA/EGA/VGA/SVGA, som e DOS |
lxc
|
V:9, I:12 | 25890 | Ferramentas de espaço do utilizador de contentores Linux |
python3-venv
|
I:88 | 6 | venv para criar ambientes virtuais python (biblioteca de sistema) |
python3-virtualenv
|
V:9, I:50 | 356 | virtualenv para criar ambientes python virtuais isolados |
pipx
|
V:3, I:19 | 3324 | pipx para instalar aplicações python em ambientes isolados |
Veja o artigo da Wikipedia Comparação de plataformas de máquinas virtuais para uma comparação detalhada das diferentes soluções de plataformas de virtualização.
![]() |
Nota |
---|---|
Os kernels predefinidos de Debian suportam KVM
desde |
O fluxo e trabalho típico para virtualização envolve vários passos.
Criar um sistema de ficheiros vazio (uma árvore de ficheiros ou uma imagem de disco).
A árvore de ficheiros pode ser criada por "mkdir -p
/path/to/chroot
".
A imagem de disco crua pode ser criada com o dd
(1) (veja
Secção 9.7.1, “Criar o ficheiro de imagem de disco” e Secção 9.7.5, “Criar um ficheiro de imagem de disco vazio”).
qemu-img
(1) pode ser usado para criar e converter
ficheiros de imagem de disco suportados pelo QEMU.
Os formatos de ficheiro cru e VMDK podem ser usados como formatos comuns entre ferramentas de virtualização.
Montar a imagem de disco com mount
(8) no sistema de
ficheiros (opcional).
Para o ficheiro de imagem de disco cru, monte-o como aparelho loop ou aparelho do device mapper (veja Secção 9.7.3, “Montar o ficheiro de imagem de disco”).
Para imagens de disco suportadas pelo QEMU, monte-as como aparelhos de bloco de rede (veja Secção 9.11.3, “Montar o ficheiro de imagem de disco virtual”).
Povoar o sistema de ficheiros alvo com os dados de sistema necessários.
O uso de programas como o debootstrap
e o
cdebootstrap
ajudam com este processo (veja Secção 9.11.4, “Sistema chroot”).
Use instaladores de SOs sob o emulador de sistema completo.
Correr um programa sob um ambiente virtualizado.
chroot disponibiliza um ambiente virtualizado básico suficiente para compilar programas, correr aplicações de consola e correr daemons nele.
QEMU oferece emulação de CPU de várias plataformas.
QEMU com KVM oferece emulação de sistema completo pela virtualização assistida a hardware.
VirtualBox oferece emulação de sistema completo em i386 ou amd64 com ou sem a virtualização assistida a hardware.
Para o ficheiro de imagem de disco raw, veja Secção 9.7, “A imagem de disco”.
Para outros ficheiros de imagem de disco virtual, pode usar o
qemu-nbd
para exportá-los pelo protocolo aparelho de bloco de rede e montá-los a
usar o módulo de kernel nbd
.
O qemu-nbd
(8) suporta os formatos de disco suportados
pelo QEMU: raw, qcow2,
qcow, vmdk, vdi, bochs, cow
(modo-de-utilizador de Linux de copiar-ao-escrever), parallels, dmg, cloop, vpc, vvfat (VFAT
virtual) e aparelho_máquina.
O aparelho de bloco em rede pode
suportar partições do mesmo modo que o aparelho de
loop (veja Secção 9.7.3, “Montar o ficheiro de imagem de disco”). Pode
montar a primeira partição de "disk.img
" como a seguir.
# modprobe nbd max_part=16 # qemu-nbd -v -c /dev/nbd0 disk.img ... # mkdir /mnt/part1 # mount /dev/nbd0p1 /mnt/part1
![]() |
Dica |
---|---|
Pode exportar apenas a primeira partição de " |
Se deseja experimentar um novo ambiente Debian a partir de uma consola
terminal, eu recomendo que use chroot. Isto
permite-lhe correr aplicações de consola em Debian
unstable
e testing
sem os riscos
habituais associados e sem reiniciar. chroot
(8) é a
forma mais básica.
![]() |
Cuidado |
---|---|
Os exemplos abaixo assumem que tanto o sistema base como o sistema chroot
partilham a mesma arquitetura de CPU |
Embora possa criar manualmente um ambiente chroot
(8)
utilizando o debootstrap
(1), isto requer esforços não
triviais.
O pacote sbuild para construir pacotes Debian
a partir da fonte usa o ambiente chroot gerido pelo pacote schroot. Vem com o script auxiliar
sbuild-createchroot
(1). Vamos aprender como ele
funciona, executando-o da seguinte forma.
$ sudo mkdir -p /srv/chroot $ sudo sbuild-createchroot -v --include=eatmydata,ccache unstable /srv/chroot/unstable-amd64-sbuild http://deb.debian.org/debian ...
Pode ver como debootstrap
(8) preenche os dados do sistema
para o ambiente unstable
em
"/srv/chroot/unstable-amd64-sbuild
" para um sistema de
compilação mínimo.
Pode iniciar sessão neste ambiente utilizando schroot
(1).
$ sudo schroot -v -c chroot:unstable-amd64-sbuild
Veja como é criada uma shell de sistema a correr num ambiente
unstable
.
![]() |
Nota |
---|---|
O ficheiro " |
![]() |
Nota |
---|---|
Alguns programas sob chroot podem requerer acesso a mais ficheiros do
sistema pai para funcionarem do que o |
![]() |
Dica |
---|---|
O pacote |
![]() |
Dica |
---|---|
O comando |
Se deseja experimentar um novo ambiente de trabalho GUI de qualquer SO, eu
recomendo que use QEMU ou KVM num sistema Debian stable
para
correr múltiplos sistemas de desktop de forma segura usando virtualização. Estes permitem-lhe correr
quaisquer aplicações de área de trabalho incluindo as da Debian
unstable
e testing
sem os riscos
habituais associados a elas e sem reiniciar.
Como o QEMU puro é muito lento, é recomendado acelerá-lo com KVM quando o sistema da máquina o suporta.
Virtual Machine Manager, também
conhecido como virt-manager
, é uma ferramenta GUI
conveniente para gerir máquinas virtuais KVM através da libvirt.
A imagem de disco virtual "virtdisk.qcow2
" que contem um
sistema Debian para o QEMU pode ser criada a
usar o instalador de debian em
pequenos CDs como a seguir.
$ wget https://cdimage.debian.org/debian-cd/5.0.3/amd64/iso-cd/debian-503-amd64-netinst.iso $ qemu-img create -f qcow2 virtdisk.qcow2 5G $ qemu -hda virtdisk.qcow2 -cdrom debian-503-amd64-netinst.iso -boot d -m 256 ...
![]() |
Dica |
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Correr outras distribuições de GNU/Linux como o Ubuntu e o Fedora sob virtualização é um bom modo de aprender dicas de configuração. Também outros SOs proprietários podem correr muito bem sob esta virtualização do GNU/Linux. |
Veja mais dicas em Debian wiki: SystemVirtualization.
[2] Exemplos de personalização mais elaborados: "Vim Galore","sensible.vim", ...
[3] vim-pathogen foi popular.