Índice
É inteligente para si como o administrador do sistema ter uma ideia como o sistema Debian é arranca e é configurado. Apesar dos detalhes exactos estarem nos ficheiros de código-fonte dos pacotes instalados e nas suas documentações, é um pouco exagerado para a maioria de nós.
Aqui está uma visão geral aproximada dos pontos chave da inicialização do sistema Debian. Dado que o sistema Debian é um alvo em movimento, deve consultar a documentação mais recente.
Manual do Kernel Linux Debian é a fonte primária de informação sobre o kernel Debian.
bootup
(7) descreve o processo de arranque do sistema
baseado no systemd
. (Debian Recente)
boot
(7) descreve o processo de arranque do sistema
baseado em UNIX System V Release 4. (Debian Antiga)
O sistema do computador passa por várias fases de processos de arranque desde o ligar da energia até que oferece, ao utilizador, o sistema operativo (SO) totalmente funcional.
Para simplicidade, limito a discussão à plataforma PC típico com a instalação por omissão.
O processo típico de arranque é como um foguete de quatro etapas. Cada etapa do foguete entrega o controle do sistema à próxima etapa.
É claro que, estes podem ser configurados de modo diferente. Por exemplo, se compilou o seu próprio kernel, pode estar a saltar o passo com o mini sistema Debian. Portanto por favor não assuma que é este o caso para o seu sistema até que o verifique por si próprio.
A Unified Extensible Firmware Interface (UEFI) define um gestor de arranque como parte da especificação UEFI. Quando um computador é ligado, o gestor de arranque é a primeira fase do processo de arranque que verifica a configuração de arranque e, com base nas suas definições, executa o gestor de arranque do SO ou o kernel do sistema operativo especificado (normalmente o gestor de arranque). A configuração de arranque é definida por variáveis armazenadas na NVRAM, incluindo variáveis que indicam os caminhos do sistema de ficheiros para os carregadores ou kernels do SO.
Uma partição de sistema EFI (ESP) é uma partição de dispositivo de armazenamento de dados que é utilizada em computadores que aderem à especificação UEFI. Acedida pelo firmware UEFI quando um computador é ligado, armazena as aplicações UEFI e os ficheiros de que estas aplicações necessitam para funcionar, incluindo os gestores de arranque do sistema operativo. (No sistema legado do PC, pode ser usada a BIOS armazenada na MBR.)
O gestor de arranque é o 2º estágio do processo de arranque que é iniciado pela UEFI. Ele carrega a imagem de kernel do sistema e a imagem initrd na memória e passa-lhes o controle. Esta imagem initrd é a imagem do sistema de ficheiros raiz e o suporte dele depende do gestor de arranque utilizado.
O sistema Debian normalmente usa o kernel Linux como o kernel de sistema por omissão. A imagem initrd para o atual kernel Linux 5.x é tecnicamente a imagem initramfs (initial RAM filesystem).
Existem muitos gestores de arranque e opções de configuração disponíveis.
Tabela 3.1. Lista de gestores de arranque
pacote | popcon | tamanho | initrd | gestor de arranque | descrição |
---|---|---|---|---|---|
grub-efi-amd64 | I:339 | 184 | Suportado | GRUB UEFI | É suficientemente inteligente para compreender partições de disco e sistemas de ficheiros como vfat, ext4, .... (UEFI) |
grub-pc | V:21, I:634 | 557 | Suportado | GRUB 2 | É suficientemente inteligente para compreender partições de disco e sistemas de ficheiros como vfat, ext4, .... (BIOS) |
grub-rescue-pc | V:0, I:0 | 6625 | Suportado | GRUB 2 | Isto são imagens de arranque de recuperação do GRUB 2 (CD ou disquete) (Versão PC/BIOS) |
syslinux | V:3, I:36 | 344 | Suportado | Isolinux | Isto compreende o sistema de ficheiros ISO9660. É utilizado pelo CD de arranque. |
syslinux | V:3, I:36 | 344 | Suportado | Syslinux | Isto compreende o sistema de ficheiros MSDOS (FAT). É utilizado pela disquete de arranque. |
loadlin | V:0, I:0 | 90 | Suportado | Loadlin | Novo sistema é iniciado a partir do sistema FreeDOS/MSDOS. |
mbr | V:0, I:4 | 47 | Não suportado | MBR por Neil Turton | Isto é software livre que substitui o MBR do MSDOS. Apenas compreende partições de disco. |
![]() |
Atenção |
---|---|
Não brinque com os gestores de arranque sem ter discos de arranque de
recuperação (caneta USB, CD ou disquete) criados a partir de imagens do
pacote |
Para o sistema UEFI, o GRUB2 lê primeiro a partição ESP e utiliza o UUID
especificado para search.fs_uuid
em
"/boot/efi/EFI/debian/grub.cfg
" para determinar a
partição do ficheiro de configuração do menu GRUB2
"/boot/grub/grub.cfg
".
A parte principal do ficheiro de configuração do menu do GRUB2 tem o seguinte aspeto:
menuentry 'Debian GNU/Linux' ... { load_video insmod gzio insmod part_gpt insmod ext2 search --no-floppy --fs-uuid --set=root fe3e1db5-6454-46d6-a14c-071208ebe4b1 echo 'Loading Linux 5.10.0-6-amd64 ...' linux /boot/vmlinuz-5.10.0-6-amd64 root=UUID=fe3e1db5-6454-46d6-a14c-071208ebe4b1 ro quiet echo 'Loading initial ramdisk ...' initrd /boot/initrd.img-5.10.0-6-amd64 }
Para esta parte de /boot/grub/grub.cfg
, esta entrada de
menu significa o seguinte.
Tabela 3.2. O significado da entrada de menu da parte acima de
/boot/grub/grub.cfg
configuração | valor |
---|---|
Módulos do GRUB2 carregados | gzio , part_gpt ,
ext2 |
utilizada a partição raiz do sistema de ficheiros | partição identificada por
UUID=fe3e1db5-6454-46d6-a14c-071208ebe4b1 |
caminho da imagem do kernel no sistema de ficheiros raiz | /boot/vmlinuz-5.10.0-6-amd64 |
utilizado parâmetro de arranque do kernel | "root=UUID=fe3e1db5-6454-46d6-a14c-071208ebe4b1 ro quiet " |
caminho da imagem initrd no sistema de ficheiros raiz | /boot/initrd.img-5.10.0-6-amd64 |
![]() |
Dica |
---|---|
Pode ativar a visualização das mensagens de registo de arranque do kernel
removendo |
![]() |
Dica |
---|---|
Pode personalizar a imagem splash do GRUB definindo a variável
|
Veja "info grub
" e grub-install
(8).
O mini-sistema Debian é o 3º estágio do processo de arranque que é iniciado pelo gestor de arranque. Corre o kernel do sistema com o sistema de ficheiros raiz dele na memória. Este é um estágio preparatório opcional do processo de arranque.
![]() |
Nota |
---|---|
O termo "mini-sistema Debian" é cunhado pelo autor para descrever este 3º estágio do processo de arranque para este documento. Este sistema é geralmente referido como o initrd ou sistema initramfs. É utilizado pelo Instalador de Debian um sistema semelhante em memória . |
O programa "/init
" é executado como o primeiro programa
neste sistema de ficheiros raiz em memória. É um programa que inicializa o
kernel no espaço de utilizador e entrega o controle ao próximo estágio. Este
mini-sistema Debian oferece flexibilidade ao processo de arranque tal como
adicionar módulos de kernel antes do processo de arranque principal ou
montar o sistema de ficheiros raiz como um encriptado.
O programa "/init
" é um programa de script de shell se a
initramfs for criada pelo initramfs-tools
.
Pode interromper esta parte do processo de arranque para obter a shell de
root ao fornecer "break=init
" etc. ao parâmetro de
arranque do kernel. Veja o script "/init
" para mais
condições de interrupção. Este ambiente shell é suficientemente sofisticado
para fazer uma boa inspecção do hardware da sua máquina.
Os comandos disponíveis neste mini-sistema Debian são versões reduzidas e
disponibilizados principalmente por uma ferramenta GNU chamada
busybox
(1).
O programa "/init
" é um programa binário do
systemd
se a initramfs for criada pelo
dracut
.
Os comandos disponíveis neste mini-sistema Debian são versões reduzidas do
ambiente systemd
(1).
![]() |
Cuidado |
---|---|
Precisa de utilizar a opção " |
O sistema Debian normal é o 4º estágio do processo de arranque que é iniciado pelo mini-sistema Debian. O kernel do sistema para o mini-sistema Debian continua a correr nesse ambiente. O sistema de ficheiros raiz é mudado daquele na memória para o que está no sistema de ficheiros do disco rígido real.
O programa init é executado como o primeiro
programa com PID=1 para executar o processo de arranque principal de
arrancar muitos programas. O caminho de ficheiro predefinido ao programa
init é "/usr/sbin/init
" mas pode ser alterado pelo
parâmetro de arranque do kernel como
"init=/path/to/init_program
".
"/usr/sbin/init
" é uma ligação simbólica para
"/lib/systemd/systemd
" após Debian 8 Jessie (Lançada em
2015).
![]() |
Dica |
---|---|
O comando de iniciação atual do seu sistema pode ser verificado pelo comando
" |
Tabela 3.3. Lista de utilitários de arranque para o sistema Debian
pacote | popcon | tamanho | descrição |
---|---|---|---|
systemd
|
V:860, I:966 | 11168 | daemon de eventos baseado em init (8) para a concorrência
(alternativa a sysvinit ) |
cloud-init
|
V:3, I:5 | 2870 | sistema de inicialização de instâncias de infra-estruturas na nuvem |
systemd-sysv
|
V:832, I:964 | 80 | os manuais e ligações necessárias pelo systemd para
substituir o sysvinit |
init-system-helpers
|
V:699, I:974 | 130 | ferramentas de ajuda para mudar entre sysvinit e
systemd |
initscripts
|
V:33, I:133 | 198 | scripts para inicializar e desligar o sistema |
sysvinit-core
|
V:4, I:5 | 361 | utilitários de init (8) estilo System-V |
sysv-rc
|
V:66, I:145 | 88 | mecanismo de mudança de runlevel estilo System-V |
sysvinit-utils
|
V:897, I:999 | 102 | utilitários estilo System-V (startpar (8),
bootlogd (8), …) |
lsb-base
|
V:634, I:675 | 12 | Linux Standard Base funcionalidade de script de init 3.2 |
insserv
|
V:88, I:144 | 132 | ferramenta para organizar a sequência de arranque a usar dependências dos scripts init.d LSB |
kexec-tools
|
V:1, I:6 | 316 | ferramenta kexec para re-arranques kexec (8) (re-arranque
a quente) |
systemd-bootchart
|
V:0, I:0 | 131 | analisador de performance do processo de arranque |
mingetty
|
V:0, I:2 | 36 | getty (8) apenas de consola |
mgetty
|
V:0, I:0 | 315 | substituto inteligente de modem getty (8) |
![]() |
Dica |
---|---|
Veja Debian wiki: BootProcessSpeedup para as dicas mais recentes em como acelerar o processo de arranque. |
Quando o sistema Debian arranca, /usr/sbin/init
com uma
ligação simbólica a /usr/lib/systemd
é iniciado como o
processo do sistema init(PID=1
) que pertence ao
root(UID=0
). Veja systemd
(1).
O processo init do systemd
espalha processos em paralelo
com base nos arquivos de configuração do unit (veja
systemd.unit
(5)) os quais são escritos em estilo
declarativo em vez do estilo processual tipo SysV.
Os processos gerados são colocados em grupos de controlo individuais do Linux com o nome da unidade a que pertencem na hierarquia privada do systemd (ver cgroups e Secção 4.7.5, “Caraterísticas de segurança do Linux”).
As unidades para o modo de sistema são carregadas a partir do "Caminho de
pesquisa de unidade de sistema" descrito em
systemd.unit
(5). As principais são as seguintes, por
ordem de prioridade:
"/etc/systemd/system/*
": Unidades de sistema criadas pelo
administrador
"/run/systemd/system/*
": Unidades de tempo de execução
"/lib/systemd/system/*
": Unidades de sistema instaladas
pelo gestor de pacotes da distribuição
As suas inter-dependências são especificadas pelas directivas
"Wants=
", "Requires=
",
"Before=
", "After=
", … (veja "MAPPING
OF UNIT PROPERTIES TO THEIR INVERSES" em
systemd.unit
(5)). Os controlos de recursos estão também
definidos (veja systemd.resource-control
(5)).
O sufixo do ficheiro de configuração da unidade codifica os seus tipos como:
*.service descreve o processo controlado
e supervisionado pelo systemd
. Veja
systemd.service
(5).
*.device descreve o aparelho exposto em
sysfs
(5) como uma árvore de aparelhos do
udev
(7). Veja systemd.device
(5).
*.mount descreve o ponto de montagem do
sistema de ficheiros controlado e supervisionado pelo
systemd
. Veja systemd.mount
(5).
*.automount Descreve o ponto de montagem
automático do sistema de ficheiros controlado e supervisionado pelo
systemd
. Veja systemd.automount
(5).
*.swap descreve o aparelho ou ficheiro de
memória virtual (swap) controlado e supervisionado pelo
systemd
. Veja systemd.swap
(5).
*.path descreve o caminho monitorizado
pelo systemd
para activação baseada-no-caminho. Veja
systemd.path
(5).
*.socket descreve o socket controlado e
supervisionado pelo systemd
para activação
baseada-em-socket. Veja systemd.socket
(5).
*.timer descreve o temporizador
controlado e supervisionado pelo systemd
para activação
baseada-em-temporização. Veja systemd.timer
(5).
*.slice gere recursos com
cgroups
(7). Veja systemd.slice
(5).
*.scope é criado programaticamente a usar
as interfaces de barramento do systemd
para gerir um
conjunto de processos do sistema. Veja systemd.scope
(5).
*.target agrupa outros ficheiros de
configuração de unit para criar o ponto de sincronização durante o
arranque. Veja systemd.target
(5).
Após o arranque do sistema (o, init), o processo systemd
tenta arrancar o "/lib/systemd/system/default.target
(que
normalmente é uma ligaö#ao simbólica para
"graphical.target
"). Primeiro, algumas unidades alvo
especiais (veja systemd.special
(7)) tais como
"local-fs.target
", "swap.target
" e
"cryptsetup.target
" são puxadas para montar os sistemas
de ficheiros. Depois, outras unidades alvo são também puxadas pelas
dependências da unidade alvo. Para mais detalhes. leia
bootup
(7).
O systemd
oferece funcionalidades de compatibilidade
regressiva. Os scripts de arranque estilo SysV em
"/etc/init.d/rc[0123456S].d/[KS]name
"
são ainda analisados e telinit
(8) é traduzido em pedidos
activação de unidade do systemd.
![]() |
Cuidado |
---|---|
Os runlevel 2 a 4 emulados são todos direccionados por uma ligação simbólica
ao mesmo " |
Quando um utilizador se liga ao sistema Debian via
gdm3
(8), sshd
(8), etc.,
/lib/systemd/system --user
é iniciado como o processo
gestor de serviços de utilizador pertencente ao utilizador correspondente.
Veja systemd
(1).
O processo do gestor de serviços do utilizador systemd
gera processos em paralelo com base nos ficheiros de configuração da unidade
declarativa (ver systemd.unit
(5) e
[email protected]
(5)).
As unidades para o modo de utilizador são carregadas a partir do "Caminho de
pesquisa de unidade de sistema" descrito em
systemd.unit
(5). As principais são as seguintes, por
ordem de prioridade:
"~/.config/systemd/user/*
": Unidades de configuração do
utilizador
"/etc/systemd/user/*
": Unidades de utilizador criadas
pelo administrador
"/run/systemd/user/*
": Unidades de tempo de execução
"/lib/systemd/user/*
": Unidades de utilizador instaladas
pelo gestor de pacotes de distribuição
Estes são geridos da mesma forma que os Secção 3.2.1, “init do Systemd”.
As mensagens de erros do kernel mostradas na consola podem ser configuradas ao definir o nível de limiar dele.
# dmesg -n3
Tabela 3.4. Lista de níveis de erro do kernel
valor de nível de erro | nome de nível de erro | significado |
---|---|---|
0 | KERN_EMERG | sistema está inutilizável |
1 | KERN_ALERT | acção tem de ser tomada imediatamente |
2 | KERN_CRIT | condições críticas |
3 | KERN_ERR | condições de erro |
4 | KERN_WARNING | condições de aviso |
5 | KERN_NOTICE | condição normal mas significante |
6 | KERN_INFO | informativa |
7 | KERN_DEBUG | mensagens de nível de depuração |
Sob systemd
, ambas mensagens de kernel e sistema são
registadas pelo serviço journal systemd-journald.service
(também conhecido por journald
) seja em dados binários
persistentes em "/var/log/journal
" ou em dados binários
voláteis em "/run/log/journal/
". Estes dados de relatório
binários são acedidos pelo comando journalctl
(1). Por
exemplo, pode apresentar o registo do último arranque como:
$ journalctl -b
Tabela 3.5. Lista de trechos típicos do comando journalctl
Operação | Fragmentos de comando |
---|---|
Ver o registo dos serviços do sistema e do kernel desde o último arranque | "journalctl -b --system " |
Ver o registo dos serviços do utilizador atual desde o último arranque | "journalctl -b --user " |
Ver o registo de tarefas de" $unit " do último arranque |
"journalctl -b -u $unit " |
Ver o registo do trabalho de "$unit " (estilo
"tail -f ") desde o último arranque |
"journalctl -b -u $unit -f " |
Sob o systemd
, o utilitário de registo do sistema
rsyslogd
(8) pode ser desinstalado. Se for instalado,
altera o seu comportamento para ler os dados de registo binários voláteis
(em vez do padrão pré-systemd "/dev/log
") e para criar
dados de registo do sistema ASCII permanentes tradicionais. Isto pode ser
personalizado por "/etc/default/rsyslog
" e
"/etc/rsyslog.conf
" tanto para o ficheiro de registos
como para a apresentação no ecrã. Veja rsyslogd
(8) e
rsyslog.conf
(5). Veja também Secção 9.3.2, “Analisador de relatório (Log)”.
O systemd
oferece não apenas o sistema init, mas também
operações genéricas de gestão de sistema com o comando
systemctl
(1).
Tabela 3.6. Lista de trechos de comandos típicos de gestão do
systemctl
Operação | Fragmentos de comando |
---|---|
Lista todos os tipos de unidades disponíveis | "systemctl list-units --type=help " |
Lista todas as unidades alvo na memória | "systemctl list-units --type=target " |
Lista todas as unidades de serviço na memória | "systemctl list-units --type=service " |
Lista todas as unidades de dispositivo na memória | "systemctl list-units --type=device " |
Lista todas as unidades de montagem na memória | "systemctl list-units --type=mount " |
Lista todas unidades de socket em memória | "systemctl list-sockets " |
Lista todas as unidades de temporizador em memória | "systemctl list-timers " |
Iniciar o "$unit " |
"systemctl start $unit " |
Parar o "$unit " |
"systemctl stop $unit " |
Recarregar configuração específica do serviço | "systemctl reload $unit " |
Parar e iniciar todo "$unit " |
"systemctl restart $unit " |
Iniciar o "$unit " e parar todos os outros |
"systemctl isolate $unit " |
Mudar para "gráfico " (sistema GUI) |
"systemctl isolate graphical " |
Mudar para "multi-utilizador " (sistema CLI) |
"systemctl isolate multi-user " |
Mudar para "recuperação " (sistema CLI de único
utilizador) |
"systemctl isolate rescue " |
Enviar sinal kill ao "$unit " |
"systemctl kill $unit " |
Verificar se o serviço "$unit " está ativo |
"systemctl is-active $unit " |
Verificar se o serviço "$unit " falhou |
"systemctl is-failed $unit " |
Verifica o estado de "$unit|$PID|aparelho " |
"systemctl status $unit|$PID|$device " |
Mostra propriedades de 1"$unit|$job " |
"systemctl show $unit|$job " |
Reinicia um "$unit " falhado |
"systemctl reset-failed $unit" |
List dependências de todos os serviços unit | "systemctl list-dependencies --all " |
Lista ficheiros unit instalados no sistema | "systemctl list-unit-files " |
Ativa "$unit " (adicionar ligação simbólica) |
"systemctl enable $unit " |
Desactiva "$unit " (remove ligação simbólica) |
"systemctl disable $unit " |
Desmascara "$unit " (remove ligação simbólica para
"/dev/null ") |
"systemctl unmask $unit " |
Mascara "$unit " (adicionar ligação simbólica para
"/dev/null ") |
"systemctl mask $unit " |
Obter definição de alvo-predefinido | "systemctl get-default " |
Define alvo-predefinido para "graphical " (sistema GUI) |
"systemctl set-default graphical " |
Define alvo-predefinido para "multi-user " (sistema CLI) |
"systemctl set-default multi-user " |
Mostra ambiente da função | "systemctl show-environment " |
Define "variável " de ambiente de função para
"valor " |
"systemctl set-environment variável=valor " |
Remove a definição da "variável " de ambiente de função |
"systemctl unset-environment variável " |
Reinicia todos os ficheiros unit e os daemons | "systemctl daemon-reload " |
Desligar o sistema | "systemctl poweroff " |
Desligar e reiniciar o sistema | "systemctl reboot " |
Suspender o sistema | "systemctl suspend " |
Hibernar o sistema | "systemctl hibernate " |
Aqui, "$unit
" nos exemplos em cima pode ser um único nome
de unidade (sufixos como .service
e
.target
são opcionais) ou, em muitos casos,
especificações de múltiplas unidades (a simbologia da shell
"*
", "?
", "[]
" a
utilizar fnmatch
(3) serão correspondidos aos nomes
primários de todas as unidades presentemente em memória).
Os comandos de alteração do estado do sistema nos exemplos em cima são
tipicamente precedidos por "sudo
" para obter os
privilégios administrativos necessários.
Os resultados de "systemctl status $unit|$PID|$aparelho
"
usam cores no ponto ("●") para sumarizar rapidamente o estado da unidade.
Ponto "●" branco indica estado "inativo" ou "desactivado".
Ponto "●" vermelho indica um estado de "falha" ou "erro".
Ponto "●" verde indica um estado "ativo", "a reiniciar" ou "a ativar".
Aqui está uma lista de outros trechos de comandos de monitorização sob o
systemd
. Por favor, leia as páginas de manual
pertinentes, incluindo cgroups
(7).
Tabela 3.7. Lista de outros trechos de comandos de monitorização
systemd
Operação | Fragmentos de comando |
---|---|
Mostra o tempo gasto em cada passo de inicialização | "systemd-analyze time " |
Lista de todas as unidades pelo tempo de inicialização | "systemd-analyze blame " |
Carrega e detecta erros no ficheiro "$unit " |
"systemd-analyze verify $unit " |
Apresentar informações breves sobre o estado do tempo de execução do utilizador que efectua a chamada | "loginctl user-status " |
Mostrar informação concisa sobre o estado do tempo de execução da sessão do utilizador | "loginctl session-status " |
Acompanhar o processo de arranque através dos cgroups | "systemd-cgls " |
Acompanhar o processo de arranque através dos cgroups | "ps xawf -eo pid,user,cgroup,args " |
Acompanhar o processo de arranque através dos cgroups | Lê sysfs sob
"/sys/fs/cgroup/ " |
O kernel mantém o nome-de-máquina do
sistema. A unidade do sistema arrancado por
systemd-hostnamed.service
define o nome de máquina do
sistema durante o arranque ao nome armazenado em
"/etc/hostname
". Este ficheiro deve conter apenas o nome de máquina do sistema e não um nome
de domínio totalmente qualificado.
Para escrever o nome de máquina atual corra hostname
(1)
sem argumentos.
As opções de montagem de sistemas de ficheiros de discos normais e de rede
são definidas em "/etc/fstab
". Veja
fstab
(5) e Secção 9.6.7, “Optimização do sistema de ficheiros por opções de montagem”.
A configuração do sistema de ficheiros encriptado é definida em
"/etc/crypttab
". Veja crypttab
(5)
A configuração do software RAID com mdadm
(8) é definida
em "/etc/mdadm/mdadm.conf
". Veja
mdadm.conf
(5).
![]() |
Atenção |
---|---|
Após montar todos os sistemas de ficheiros, os ficheiros temporários em
" |
As interfaces de rede são tipicamente iniciadas em
"networking.service
" para a interface
lo
e "NetworkManager.service
" para as
outras interfaces em sistemas Debian modernos sob
systemd
.
Veja Capítulo 5, Configuração de rede para saber como os configurar.
A instância do sistema de nuvem pode ser lançada como um clone de "Debian Official Cloud Images" ou
imagens semelhantes. Para essa instância do sistema, personalidades como
nome de host, sistema de arquivos, rede, localidade, chaves SSH, usuários e
grupos podem ser configurados usando funcionalidades fornecidas pelos
pacotes cloud-init
e netplan.io
com
várias fontes de dados, como arquivos colocados na imagem original do
sistema e dados externos fornecidos durante seu lançamento. Esses pacotes
permitem a configuração declarativa do sistema usando dados YAML.
Veja mais em "Computação em nuvem com Debian e seus descendentes", "Documentação de iniciação na Nuvem" e Secção 5.4, “A configuração moderna de rede para nuvem”.
Com uma instalação predefinida, muitos serviços de rede (veja Capítulo 6, Aplicações de rede) são arrancados como processos daemon após
network.target
durante o arranque do sistema pelo
systemd
. O "sshd
" não é excepção.
Vamos mudar isto para arranque a-pedido do "sshd
" como um
exemplo de personalização.
Primeiro, desativar a unidade de serviço instalada no sistema.
$ sudo systemctl stop sshd.service $ sudo systemctl mask sshd.service
O sistema de ativação de sockets a pedido dos serviços Unix clássicos era
feito através do superservidor inetd
(ou
xinetd
). No systemd
, o equivalente
pode ser ativado adicionando ficheiros de configuração de unidades *.socket e *.service.
sshd.socket
para especificar um socket onde escutar
[Unit] Description=SSH Socket for Per-Connection Servers [Socket] ListenStream=22 Accept=yes [Install] WantedBy=sockets.target
[email protected]
como o ficheiro de serviço correspondente
do sshd.socket
[Unit] Description=SSH Per-Connection Server [Service] ExecStart=-/usr/sbin/sshd -i StandardInput=socket
Depois reinicie.
$ sudo systemctl daemon-reload
O sistema udev fornece um mecanismo para a
descoberta e inicialização automática de hardware (veja
udev
(7)) desde o kernel Linux 2.6. Após a descoberta de
cada dispositivo pelo kernel, o sistema udev inicia um processo de
utilizador que usa informação do sistema de ficheiros sysfs (ver Secção 1.2.12, “procfs e sysfs”),
carrega os módulos necessários do kernel que o suportam usando o programa
modprobe
(8) (ver Secção 3.9, “A inicialização de módulos do kernel”), e cria os nós de
dispositivos correspondentes.
![]() |
Dica |
---|---|
Se
" Para regras de montagem em " |
Como o sistema udev é de certa forma um alvo em movimento, deixo os detalhes para outras documentações e descrevo a informação mínima aqui.
![]() |
Atenção |
---|---|
Não tente executar programas de longa duração como o script de backup com
|
O programa modprobe
(8) permite-nos configurar o kernel
Linux em execução a partir do processo de utilizador ao adicionar e remover
módulos do kernel. O sistema udev (veja Secção 3.8, “O sistema udev”)
automatiza a invocação dele para ajudar na inicialização dos módulos de
kernel.
Existem módulos de não-hardware e módulos driver de hardware especial como
os seguintes que precisam de ser pré-carregados ao listá-los no ficheiro
"/etc/modules
" (veja modules
(5)).
módulos TUN/TAP que disponibilizam aparelhos de rede Point-to-Point virtuais (TUN) e aparelhos de rede Ethernet virtuais (TAP),
módulos netfilter que disponibilizam
capacidades de firewall netfilter (iptables
(8), Secção 5.7, “Infraestrutura netfilter”) e
módulos de driver watchdog timer.
Os ficheiros de configuração para o programa modprobe
(8)
estão localizados sob o diretório "/etc/modprobes.d/
"
como explicado em modprobe.conf
(5). (Se deseja evitar que
alguns módulos do kernel sejam carregados automaticamente, considere
metê-los em lista negra no ficheiro
"/etc/modprobes.d/blacklist
".)
O ficheiro
"/lib/modules/version/modules.dep
"
gerado pelo programa depmod
(8) descreve as dependências
dos módulos usados pelo programa modprobe
(8).
![]() |
Nota |
---|---|
Se tiver problemas com o carregamento de módulos durante o arranque ou com o
|
O programa modinfo
(8) mostra informação sobre um módulo
do kernel Linux.
O programa lsmod
(8) formata lindamente o conteúdo de
"/proc/modules
" e mostra que módulos do kernel que estão
atualmente carregados.
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Dica |
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Pode identificar o hardware exacto no seu sistema. Veja Secção 9.5.3, “Identificação do hardware”. Pode configurar o hardware durante o arranque para ativar as funcionalidades esperadas do hardware. Veja Secção 9.5.4, “Configuração do hardware”. Pode provavelmente adicionar suporte para o seu aparelho especial ao recompilar o kernel. Veja Secção 9.10, “O kernel”. |